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GDF promove curso de mecanização agrícola para mulheres para mais oportunidades no agronegócio

GDF promove curso de mecanização agrícola para mulheres para mais oportunidades no agronegócio Capacitação inclui inovações tecnológicas, so...

GDF promove curso de mecanização agrícola para mulheres para mais oportunidades no agronegócio
Capacitação inclui inovações tecnológicas, soluções sustentáveis e liderança feminina no mercado agrícola
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), promove nesta quinta-feira (17) e sexta-feira (18), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com o Instituto Movimento Brasil, o minicurso Mecanização Agrícola para Mulheres. Combinando teoria e prática, a iniciativa capacita cerca de 30 mulheres, entre produtoras rurais, estudantes e profissionais, para operar máquinas agrícolas como tratores, colheitadeiras, semeadeiras e pulverizadoras — e aplicar funções específicas no processo produtivo. As participantes receberão certificado. Os recursos para a realização do curso têm origem em emenda parlamentar da deputada distrital Jaqueline Silva.

A capacitação inclui, ainda, orientações sobre ajustes para diferentes tipos de solo e culturas, além de medidas para prevenção de acidentes. O curso também destaca as inovações tecnológicas, como agricultura de precisão, uso de drones, sistemas de irrigação inteligente e outras soluções sustentáveis. Além disso, a capacitação discute o papel das mulheres no mercado agrícola, com reflexões sobre como superar desafios culturais, construir liderança feminina e fortalecer redes de apoio no setor.

O curso aborda temas como os fundamentos da mecanização agrícola, aumento da produtividade | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Igualdade de oportunidades

Para a vice-governadora, Celina Leão, a iniciativa vai além da capacitação. “Ter conhecimento sobre o uso de máquinas agrícolas, além de dominar técnicas de operação segura e manutenção preventiva, é essencial para que as mulheres possam trabalhar no campo com mais eficiência, segurança e produtividade. Essa iniciativa representa uma verdadeira inclusão, fortalecendo a agricultura e demonstrando o compromisso do poder público em promover igualdade de oportunidades”, afirma.

O minicurso é conduzido pelo professor da UnB e diretor da Fazenda Água Limpa, Tiago Pereira da Silva Correia, e aborda temas como os fundamentos da mecanização agrícola, aumento da produtividade, redução de custos e melhoria da eficiência no campo. Ele explica que, na capacitação, as mulheres têm acesso a aprendizados sobre manutenções preventivas, preditivas e corretivas com máquinas agrícolas.

“Isso tem importância social e acadêmica. A comunidade sai beneficiada com essa ação conjunta entre a Secretaria da Mulher e a Universidade de Brasília. A mulher sai do curso sabendo mecânica, ela tem uma visão prática, um aperfeiçoamento para operação de máquinas agrícolas. Esse curso é essencial, para o aumento da produtividade, para a inserção da mulher com maior visibilidade como produtora rural”, pontua.

Dayane Timóteo: "A partir do momento que a mulher se capacita aqui, ela pode voltar e cuidar da sua propriedade. Se ela não tiver uma propriedade e tiver interesse em participar do curso, essa mulher se prepara para o mercado"

A subsecretária de Ações Temáticas da Secretaria da Mulher, Dayane Timóteo, explica que o curso faz parte de um termo de fomento da Secretaria da Mulher com o Instituto Movimento em parceria com a UnB. “Neste ano já foram ministrados na Fazenda Água Limpa, que é o Campus Experimental da Universidade, seis minicursos”, conta. “Esse projeto chama Mulheres na Agropecuária e envolve não só minicursos, mas também visitas técnicas e palestras em escolas públicas”, enumera. “A partir do momento que a mulher se capacita aqui, ela pode voltar e cuidar da sua propriedade. Se ela não tiver uma propriedade e tiver interesse em participar do curso, essa mulher se prepara para o mercado”, pontua. “Já atendemos aqui mais de 400 mulheres”, conclui.

Parceria

Coordenadora do projeto, a professora Michelle Vilela, do curso de agronomia da UnB, destaca que a Secretaria da Mulher tem papel fundamental para a realização do curso. “Sem a secretaria, não teríamos a possibilidade de desenvolver esses cursos, porque a gente realmente precisa de ajuda, de apoio financeiro e institucional”, afirma. “Tem sido uma parceria excepcional. A Secretaria da Mulher vestiu a nossa camisa e entrou conosco na inciativa”, acrescenta.

Marcilene Mariano comemora que, com o curso, as mulheres conseguem ser vistas pela sociedade e ainda têm mais segurança para gerir o próprio negócio

Para a aluna do curso Marcilene Mariano, a parceria da secretaria com a universidade tem sido fundamental para as trajetórias de muitas mulheres no agronegócio. “Por meio desses cursos, a gente não só se qualifica, mas é vista e, acima de tudo, tem mais segurança de gerir o negócio”, afirma. “Quanto maior a qualificação, mais garantia de sucesso da lavoura. Isso não tem preço. Essa parceria é incrível porque é um projeto gratuito e você sai com certificado e qualificação, habilitada para trabalhar”, conclui.

Outra aluna, Elvira Palestino conta que assumiu a propriedade rural da família após a morte do pai. “Para minha felicidade, tenho encontrado o que eu não tinha lá atrás, que é essa capacitação técnica, esse apoio, essa orientação em várias vertentes. Com essa capacitação, você realmente consegue fazer seu trabalho, ver os resultados. Uma coisa é você ir ao campo trabalhar sem orientação técnica. Isso não vai ser produtivo. Você vai se cansar, se desmotivar, ter prejuízo”, comenta. “Quando você aprende, começa a fazer e ver o retorno, você entende que está no caminho certo”, afirma.


Por  Carlos Eduardo Bafutto, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

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