Willany do Amaral (E), ao lado dos amigos Adriano Trindade, Ana Cristina Lopes e Eduardo Melo: %u201CAcho que ninguém pode dirigir tendo...
Cuidado Aécio! Se for se candidatar não beba, mas se precisar pagar a multa é só pedir para o Álvaro Dias que ele empresta, tira dos 16 milhões de reais que não declarou à Receita Federal.
TRÂNSITO
Motoristas em alerta
Novas regras da lei seca mudam o comportamento dos condutores, a maioria preocupada com o valor da multa em caso de embriaguez
ARIADNE SAKKIS
As novas regras da lei seca entraram em vigor há apenas uma semana (leia ilustração) e os efeitos sobre o comportamento dos motoristas começam a aparecer. Além de sentir que agora há menos brechas para escapar da fiscalização, os condutores que insistiam em beber e dirigir estão repensando velhas práticas para não desembolsar quase R$ 2 mil de multa se forem flagrados alcoolizados ao volante. Às vésperas do ano-novo, a questão chegou até os clubes que organizam festas. Eles estudam medidas para conscientizar os clientes e viabilizar alternativas de transporte para as festas (leia mais abaixo).
O bolso precede a consciência. Pelo menos é assim que muitos reagiram ao endurecimento das regras. “Foi a mesma coisa quando começaram a multar as pessoas por não usarem o cinto de segurança. Hoje, todo mundo usa. Mas isso só pegou porque doeu no bolso”, acredita o funcionário público Eduardo Melo, 41 anos. Ele diz que concorda com as mudanças, apesar de ainda ter o hábito de beber antes de dirigir. “Não gostei da lei, mas a considero necessária. Uma pessoa inocente não pode pagar por alguém bêbado ao volante”, diz. No ano-novo, Eduardo vai deixar o carro em casa e voltar da festa de táxi.
Mas o amigo dele Adriano Trindade acha que falta fiscalização. “Não vejo blitz. E olha que saio sempre. É isso que faz a diferença”, acredita. Como Eduardo, ele gosta de tomar cerveja, mas garante que sabe o seu limite, por isso não deixa de assumir o volante. “Não vou ser hipócrita. Acho que só vou mudar de comportamento quando for parado”, admite o professor, morador do Guará. No feriado de Natal, operações do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) e do Departamento de Trânsito (Detran) flagraram 59 motoristas com sinais de embriaguez.
Marília (E) e Suelen elogiaram as mudanças na lei seca: responsabilidade
Ano-novo
Ana Cristina Lopes, 40 anos, pensa diferente do colega Adriano. O aumento das sanções faz com que ela se abstenha de qualquer gole se tiver de pegar o carro. “Só de pensar no bafômetro e na multa, já desisto de beber. Acho que vai muito da consciência de cada um”, acredita a moradora do Sudoeste. Do mesmo grupo, Willany do Amaral, 28 anos, está acostumada a ser a amiga da vez. “Para mim, não faz diferença porque não bebo. Mas acho que ninguém pode dirigir tendo bebido”, sugere.
A nova regra fez com que a rotina mudasse para o empresário Danilo Dutra, 30 anos. Ontem à tarde, ele pagou R$ 100 de táxi para sair de Valparaíso, município goiano do Entorno, onde mora, e alcançar o Sudoeste. “Eu tinha que resolver algumas coisas e sabia que tomaria uma cerveja depois. Não vale a pena arriscar”, afirma. Ele conta que, antes do endurecimento da lei, não deixava de enfrentar o trânsito após beber. “Agora, você tem mais receio. Acho que a gente tem que ter mais consciência mesmo. E também ninguém quer pagar R$ 2 mil de multa. Melhor pagar o táxi”, explica.
As alternativas ainda não estão bem definidas para a enfermeira Suelen Regina, 25 anos. Moradora do Cruzeiro, ela reconhece que por diversas vezes bebeu e dirigiu, principalmente na volta de bares em Taguatinga e no Plano Piloto. “Não faço mais isso. Hoje, estou bebendo porque estou a pé. Só de pensar em pagar esse valor de multa… Mas acho certo”, avalia.
Amiga de Suelen, a também enfermeira Marília Santos, 27 anos, elogia as novas regras. “Adorei a lei. Acho que as pessoas precisam ser responsáveis. Quando pesa no bolso, elas temem. Agora, a preocupação de Suelen será como chegar e voltar da festa de fim de ano. “Vou ter que arranjar um amigo da vez ou dar outro jeito. Agora, ou eu não me arrisco, ou não saio de casa”, conclui a moradora do Cruzeiro.
Filmagem
Para o subcomandante do BPTran, major Wagner Freitas, ainda é cedo para diagnosticar mudanças profundas no comportamento do motorista de Brasília. Primeiro, pelo pouco tempo de vigência da lei. Segundo, porque a cidade está vazia em função dos feriados de fim de ano e das férias escolares. “Com um mês normal, poderemos ter noção. O que já está acontecendo é de as pessoas paradas nas blitzes perguntarem se já estamos filmando ou fotografando”, afirma.
A partir de janeiro, como mostrou o Correio ontem, as operações de lei seca no DF serão filmadas. Atualmente, o Detran utiliza uma filmadora nas blitzes e a previsão é receber outros quatro equipamentos em 2013. Já a PM começará a testar a utilização de microcâmeras durante a abordagem aos motoristas. Os recursos, de acordo com a nova lei em vigor, podem ser usados como prova da influência de álcool e de drogas sobre condutores, caso eles se recusem a fazer o teste do bafômetro ou exames de sangue.
O bolso precede a consciência. Pelo menos é assim que muitos reagiram ao endurecimento das regras. “Foi a mesma coisa quando começaram a multar as pessoas por não usarem o cinto de segurança. Hoje, todo mundo usa. Mas isso só pegou porque doeu no bolso”, acredita o funcionário público Eduardo Melo, 41 anos. Ele diz que concorda com as mudanças, apesar de ainda ter o hábito de beber antes de dirigir. “Não gostei da lei, mas a considero necessária. Uma pessoa inocente não pode pagar por alguém bêbado ao volante”, diz. No ano-novo, Eduardo vai deixar o carro em casa e voltar da festa de táxi.
Mas o amigo dele Adriano Trindade acha que falta fiscalização. “Não vejo blitz. E olha que saio sempre. É isso que faz a diferença”, acredita. Como Eduardo, ele gosta de tomar cerveja, mas garante que sabe o seu limite, por isso não deixa de assumir o volante. “Não vou ser hipócrita. Acho que só vou mudar de comportamento quando for parado”, admite o professor, morador do Guará. No feriado de Natal, operações do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) e do Departamento de Trânsito (Detran) flagraram 59 motoristas com sinais de embriaguez.
Marília (E) e Suelen elogiaram as mudanças na lei seca: responsabilidade
Ano-novo
Ana Cristina Lopes, 40 anos, pensa diferente do colega Adriano. O aumento das sanções faz com que ela se abstenha de qualquer gole se tiver de pegar o carro. “Só de pensar no bafômetro e na multa, já desisto de beber. Acho que vai muito da consciência de cada um”, acredita a moradora do Sudoeste. Do mesmo grupo, Willany do Amaral, 28 anos, está acostumada a ser a amiga da vez. “Para mim, não faz diferença porque não bebo. Mas acho que ninguém pode dirigir tendo bebido”, sugere.
A nova regra fez com que a rotina mudasse para o empresário Danilo Dutra, 30 anos. Ontem à tarde, ele pagou R$ 100 de táxi para sair de Valparaíso, município goiano do Entorno, onde mora, e alcançar o Sudoeste. “Eu tinha que resolver algumas coisas e sabia que tomaria uma cerveja depois. Não vale a pena arriscar”, afirma. Ele conta que, antes do endurecimento da lei, não deixava de enfrentar o trânsito após beber. “Agora, você tem mais receio. Acho que a gente tem que ter mais consciência mesmo. E também ninguém quer pagar R$ 2 mil de multa. Melhor pagar o táxi”, explica.
As alternativas ainda não estão bem definidas para a enfermeira Suelen Regina, 25 anos. Moradora do Cruzeiro, ela reconhece que por diversas vezes bebeu e dirigiu, principalmente na volta de bares em Taguatinga e no Plano Piloto. “Não faço mais isso. Hoje, estou bebendo porque estou a pé. Só de pensar em pagar esse valor de multa… Mas acho certo”, avalia.
Amiga de Suelen, a também enfermeira Marília Santos, 27 anos, elogia as novas regras. “Adorei a lei. Acho que as pessoas precisam ser responsáveis. Quando pesa no bolso, elas temem. Agora, a preocupação de Suelen será como chegar e voltar da festa de fim de ano. “Vou ter que arranjar um amigo da vez ou dar outro jeito. Agora, ou eu não me arrisco, ou não saio de casa”, conclui a moradora do Cruzeiro.
Filmagem
Para o subcomandante do BPTran, major Wagner Freitas, ainda é cedo para diagnosticar mudanças profundas no comportamento do motorista de Brasília. Primeiro, pelo pouco tempo de vigência da lei. Segundo, porque a cidade está vazia em função dos feriados de fim de ano e das férias escolares. “Com um mês normal, poderemos ter noção. O que já está acontecendo é de as pessoas paradas nas blitzes perguntarem se já estamos filmando ou fotografando”, afirma.
A partir de janeiro, como mostrou o Correio ontem, as operações de lei seca no DF serão filmadas. Atualmente, o Detran utiliza uma filmadora nas blitzes e a previsão é receber outros quatro equipamentos em 2013. Já a PM começará a testar a utilização de microcâmeras durante a abordagem aos motoristas. Os recursos, de acordo com a nova lei em vigor, podem ser usados como prova da influência de álcool e de drogas sobre condutores, caso eles se recusem a fazer o teste do bafômetro ou exames de sangue.
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