Daniel Cardozo Passaram-se 46 anos desde a fabricação do primeiro Ford Galaxie, em 1967. O clássico é tido como um dos carros mais luxuos...
Daniel Cardozo
Passaram-se 46 anos desde a fabricação do primeiro Ford Galaxie, em 1967. O clássico é tido como um dos carros mais luxuosos já fabricados no Brasil, sendo pioneiro na produção nacional em série de itens como ar-condicionado e do câmbio automático. Com todas essas credenciais, o gigante não poderia faltar na promoção Máquinas do Passado, do Jornal de Brasília.
Na época do lançamento, o Galaxie, praticamente igual à versão americana, representava um padrão superior em relação aos carros à venda no País. O carro foi adotado como veículo presidencial e pela alta sociedade brasileira entre as décadas 1960 e 1980.
Versão LTD
Em 1969, foi lançada a versão LTD, de grande luxo, com acabamento mais caprichado, teto de vinil e ar-condicionado, e o inédito câmbio hidramático como opcionais, o que era novidade no mercado.
A motorização sempre foi robusta, para garantir potência e torque suficientes para pôr mais de 1,5 tonelada em movimento, com segurança e desempenho.
Os selos para a troca do Galaxie estarão disponíveis a partir de amanhã. De segunda a sexta, será possível fazer a troca da picape C-15. A promoção já homenageou ícones como Corcel, F-100, Passat, Uno, e Karmann-Ghia.
O empresário Fernando Ramos tem toda uma história de amor pelo Galaxie bege ano 1967. À época, quem comprou o carro zero quiômetro foi seu pai. Depois de alguns anos, o exemplar foi vendido, o que causou arrependimento na família. “Procurei o carro por todo o País e, há dez anos, o encontrei em Curitiba. Ligava de cinco em cinco meses para o dono perguntando se ele queria vender. Depois de mais de um ano de insistência, consegui convencê-lo”, relembrou o empresário.
Com o carro transportado por guincho, era hora de fazer alguns pequenos ajustes. “A lataria estava perfeita. Só tive que dar um banho de tinta. O motor e o estofamento são originais”, garantiu.
Um luxo
Atualmente, Fernando usa o carro apenas para passeios e pequenas viagens durante os finais de semana. “O Galaxie é uma banheira maravilhosa, tem conforto excepcional. Tem maciez superior e a direção hidráulica é a melhor que já fizeram”, revela o empresário.
Carros são uma paixão de família. Na garagem: um Puma Spyder 1972, tipo exportação, com apenas três unidades no Brasil; uma Lambretta; um Ford T-29; e um bólido feito pela BMW.
Outro apaixonado pelo Galaxie é o advogado Luiz Carlos Peixoto, proprietário de um exemplar Landau ano 1981, com apenas 26 mil quilômetros rodados. O grande porte do carro chama a atenção por onde passa. “Esses dias parei meu carro num posto de gasolina e o dono me pediu pra deixar ele lá, porque aumentava o número de clientes”, contou, com um sorriso no rosto.
Para Luiz Carlos, não existem mais carros com o mesmo requinte de um Galaxie. “Já me ofereceram muito dinheiro pelos meus carros antigos, mas eu não tenho como comprar outro em tão bom estado e com o mesmo luxo do meu Galaxie Landau. Ele parece uma pluma, de tão macio e tem acabamento impecável”.
Nos anos 1980, com a crise do petróleo, carros de grande porte foram desprezados (o Galaxie consume um litro a cada 3,5 km). Em 1983, o carro deixou de ser fabricado.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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