A musicoterapia como ferramenta em sessão de diálise – um dos principais papéis do enfermeiro é proporcionar conforto para o paciente, afina...
A musicoterapia como ferramenta em sessão de diálise – um dos principais papéis do enfermeiro é proporcionar conforto para o paciente, afinal, sabemos que eles estão muito fragilizados na situação em que se encontram. Em muitos casos, a doença é degenerativa e progressiva, o que acarreta em altos índices de estresse e angústia, assim como é o paciente em processo hemodialítico, por exemplo.
A grande pergunta, em casos como estes é: como trazer algum conforto aos pacientes que se encontram com patologias graves e seus familiares?
Pois bem, em suas mãos, o profissional de enfermagem tem uma excelente ferramenta para agir nesses momentos: a musicoterapia
Sabe o que é?

Musicoterapia
Para a ciência, não há dúvidas de que a música tem um impacto nas emoções, no comportamento e na saúde de cada um de nós.
Inúmeras as pesquisas confirmam que o ser humano possui um instinto musical inato e sendo a música uma linguagem universal, o que possibilita a mediação de uma relação subjetiva, é um meio de comunicação capaz de gerar sentidos ultrapassando os limites da comunicação verbal (Vianna, 1998).
Ouvir ou tocar um instrumento musical estimula diversas áreas do cérebro e do corpo, trazendo bem estar e recuperação!
Para a enfermagem isso é extremamente importante, visto que, melhora o estado geral do paciente e suas relações com família e com os profissionais que o assistem.
Hemodiálise e musicoterapia
Pacientes renais crônicos, que são dependentes de terapia renal substitutiva (hemodiálise), convivem diariamente com um tratamento doloroso e de longa duração, que provoca, juntamente com a evolução da doença, complicações que podem limitar as atividades cotidianas, gerando inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais que interferem na sua qualidade de vida.

Para combater esse quadro doloroso, a musicoterapia tem sido uma forte aliada. Pesquisas tem apresentado resultados surpreendentes no que tange a melhoria substancial nos quadros dos pacientes, dentre eles:
relaxamento – o paciente consegue ficar mais tranquilo, relaxa e abstrai durante o período em que se encontra em diálise;
percepção do tempo – passam a ter uma percepção de que a sessão se torna “mais rápida” e menos cansativa;
força espiritual – a escolha do estilo musical influencia bastante na reação do paciente. A música certa, renova a Fé e a Esperança;
história de vida e reflexão – traz ao paciente, a possibilidade de tirar o foco da sessão e leva-o à reflexão e relembrar bons momentos do passado;
recreação, resiliência e esperança – diverte e dá forças para seguir.
A relação benéfica da música com o paciente deve ser aproveitada no máximo possível. Ela é capaz de trazer boas recordações, alivia a angústia e o estresse e estimula a vontade de seguir em frente.
Graciano R. A música na prática terapêutica.
Backes DS; Backes MTS, Oliveira CL, Ddine SC. Música: terapia complementar no processo de humanização de uma CTI. Nursing 2003;66(6):37-42.
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