Oito anos do último beijo de Sérgio Guerra em Serginho Hoje é dia de relembrar a figura de Severino Sérgio Estelita Guerra, ou simplesmente ...
Oito anos do último beijo de Sérgio Guerra em Serginho
Hoje é dia de relembrar a figura de Severino Sérgio Estelita Guerra, ou simplesmente Sérgio Guerra, um dos políticos mais sagazes da sua geração em Pernambuco. Morreu há exatamente seis anos, no auge da sua carreira, com apenas 66 anos, vítima de câncer nos pulmões. Foi deputado estadual, federal e senador da República. Militou no MDB e PSB até fazer travessia para o PSDB, partido que presidiu nacionalmente e coordenou as campanhas presidenciais de Geraldo Alckimin e José Serra.
Com seu desaparecimento, uma lacuna foi aberta na legenda tucana, especialmente em Pernambuco. Com Guerra no comando do PSDB, o partido se agigantou no Estado, teve destacada presença na Assembleia Legislativa, na bancada federal e no Interior, perdendo em quantidade de prefeitos, vereadores e diretórios municipais apenas para o PSB. Tinha um estilo concentrador, foi um dirigente partidário com mão de ferro.
Com ideário de direita, virou socialista, aproximou-se de Miguel Arraes, a quem, na condição de líder da oposição na Alepe, combateu e divergiu fortemente do seu governo. Arraes havia voltado do exílio, eleito governador em 1986. Mais tarde, no entanto, Guerra virou arraesista de carteirinha, ocupando a Secretaria de Indústria e Comércio. Já em 1994, quando Arraes chegou ao Palácio das Princesas pela terceira vez, Guerra se aproximou de Eduardo Campos, então secretário da Fazenda.
Mas foi no plano nacional que Sérgio Guerra mais se destacou e sua estrela brilhou.
Na condição de senador tucano, ganhou a simpatia e a confiança da cúpula, chegando a ser eleito para suceder o senador Tasso Jereissati (CE) na presidência nacional do PSDB em 2007, reinando absoluto até 2013, quando o senador Aécio Neves foi eleito. Defendeu que o partido usasse o legado de Fernando Henrique Cardoso em sua atuação política.
À frente da sigla, coordenou as duas últimas campanhas presidenciais tucanas, com Geraldo Alckmin, em 2006, e José Serra, em 2010.
À frente da sigla, coordenou as duas últimas campanhas presidenciais tucanas, com Geraldo Alckmin, em 2006, e José Serra, em 2010.
No ano de 2012, Guerra implementou um processo de reestruturação do partido. O PSDB passou a investir mais no uso das redes sociais, como Facebook e Twitter, e também incrementou o diálogo com diferentes setores da sociedade, como as mulheres, os jovens e os sindicalistas.
Outra proposta idealizada por Sérgio na presidência do PSDB foi a adoção de eleições prévias para a escolha de candidatos majoritários, quando dois ou mais membros colocarem-se à disposição para o cargo. Sérgio Guerra veio de uma família de políticos: o pai, Pio Guerra, e um de seus irmãos, José Carlos Guerra, também foram deputados federais.
Formado em economia pela Universidade Católica, militou no movimento estudantil. Teve dois filhos e duas filhas, e foi genro do ceramista Francisco Brennand. Trabalhou na Fundação Joaquim Nabuco e na iniciativa privada. Era também pecuarista e criador de cavalos de raça em Limoeiro, onde, por muitos anos, promoveu uma das maiores exposições de cavalos de raça do País.
Em vida, Guerra não amou apenas cavalos. Seu grande xodó foi o filho caçula Sérgio Guerra Filho, o Serginho, da sua relação com Geórgia, por quem teve uma paixão avassaladora. Fui testemunha desse grande amor pelo Serginho nas idas à sua fazenda, no apartamento de Piedade, onde morou, e em Brasília.
Outra proposta idealizada por Sérgio na presidência do PSDB foi a adoção de eleições prévias para a escolha de candidatos majoritários, quando dois ou mais membros colocarem-se à disposição para o cargo. Sérgio Guerra veio de uma família de políticos: o pai, Pio Guerra, e um de seus irmãos, José Carlos Guerra, também foram deputados federais.
Formado em economia pela Universidade Católica, militou no movimento estudantil. Teve dois filhos e duas filhas, e foi genro do ceramista Francisco Brennand. Trabalhou na Fundação Joaquim Nabuco e na iniciativa privada. Era também pecuarista e criador de cavalos de raça em Limoeiro, onde, por muitos anos, promoveu uma das maiores exposições de cavalos de raça do País.
Em vida, Guerra não amou apenas cavalos. Seu grande xodó foi o filho caçula Sérgio Guerra Filho, o Serginho, da sua relação com Geórgia, por quem teve uma paixão avassaladora. Fui testemunha desse grande amor pelo Serginho nas idas à sua fazenda, no apartamento de Piedade, onde morou, e em Brasília.
Antes de morrer, Guerra passou em cartório um documento autorizando sua pensão ao filho, garfada em 50% pela primeira mulher Neném Brennand. Milionária, Neném, além de perseguir e prejudicar o garoto, abocanhou praticamente toda herança de Guerra.
O gesto do pai para o filho amado virou contenda judicial que corre em segredo de justiça. Políticos que viviam bajulando Sérgio Guerra, testemunhando, inclusive, o seu grande amor por Serginho, sumiram, nunca deram apoio e força à mãe do garoto e a ele próprio para ter o direito de receber a pensão integral.
O gesto do pai para o filho amado virou contenda judicial que corre em segredo de justiça. Políticos que viviam bajulando Sérgio Guerra, testemunhando, inclusive, o seu grande amor por Serginho, sumiram, nunca deram apoio e força à mãe do garoto e a ele próprio para ter o direito de receber a pensão integral.
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