Em entrevista ao CB Poder, a chefe da pasta comentou o aumento nos casos de feminicídio e políticas para redução dos índices A Secretária de...
Em entrevista ao CB Poder, a chefe da pasta comentou o aumento nos casos de feminicídio e políticas para redução dos índices
A Secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal (SMDF), Éricka Filippelli foi a entrevistada do CB.Poder desta quarta-feira (2/3) — programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília.
Na bancada, a conversa foi conduzida pela jornalista Ana Maria Campos.
A chefe da pasta destacou as ações para a semana da mulher, por meio da Agenda + Mulher, e comentou os últimos números de feminicídio no DF.
Ericka Filippelli anunciou que, no mês em comemoração ao dia da mulher, celebrado em 8 de março, a pasta vai apresentar uma agenda especial que integra estratégias não só da Secretaria da Mulher, mas de outros órgãos do Governo do Distrito Federal.
Ericka Filippelli anunciou que, no mês em comemoração ao dia da mulher, celebrado em 8 de março, a pasta vai apresentar uma agenda especial que integra estratégias não só da Secretaria da Mulher, mas de outros órgãos do Governo do Distrito Federal.
“Nós criamos uma estratégia que foi a agenda março + mulher, com várias ações inovadoras que envolvem órgãos da administração direta e indireta.
As secretarias vão participar com suas ações e a Secretaria da Mulher entra com algumas estratégias, programas bem inovadores”, disse.
Dentre as ações promovidas pela secretaria, Ericka Filippelli destacou o Prêmio Talento Mulher, que será lançado no dia 8 de março. A estratégia visa reconhecer as instituições e pessoas que promovem políticas de proteção às mulheres. “É também uma excelente iniciativa para incentivar novas instituições a trabalharem nessa pauta ou até para o surgimento de novas instituições”, explica.
Confira a entrevista completa:
Feminicídios
Em 2021, o número de feminicídios aumentou 47%, subindo de 17, no ano anterior, para 25 neste ano. Segundo a secretária, o dado está dentro do previsto, uma vez que a queda de 2019 para 2021 — de 37% — foi expressiva. “Se a gente analisar a fundo os dados, no ano de 2020, no ápice da pandemia, a gente conseguiu uma redução de quase 50% do índice de feminicídio. Lógico que, a partir disso, o ano seguinte a gente teve um aumento, porque foi uma queda muito expressiva num tempo que ninguém imaginava”, complementou.
De acordo com Filippelli, a pasta tem trabalhado de forma integrada com outras secretarias para reduzir ainda mais esses índices. “A Secretaria da Mulher com a Secretaria de Segurança Pública, com as forças de segurança, criam políticas e pensam num levantamento de todos os casos de feminicídio. Um estudo da Câmara Técnica de Monitoramento traz pra gente o perfil, características muito detalhadas desse crime. A partir dele, nos orientamos na implementação de políticas públicas”, disse.
A secretária destacou, ainda, que há um índice alto de subnotificações dos crimes de feminicídio e de violência doméstica. Segundo ela, entre 2015 e 2018, 72,8% das vítimas não chegaram às delegacias. “Isso fez com que nós buscássemos estratégias para chegarmos até as mulheres em situação de violência e isso a gente criando novos canais, então foi criado, por exemplo, a delegacia on-line do Maria da Penha, em que a mulher pode não só denunciar, mas requerer medidas protetivas e, praticamente em tempo imediato, já é encaminhado para o Tribunal de Justiça para ser deferido pelo juiz”, completou Éricka Filippelli.
Dentre as ações promovidas pela secretaria, Ericka Filippelli destacou o Prêmio Talento Mulher, que será lançado no dia 8 de março. A estratégia visa reconhecer as instituições e pessoas que promovem políticas de proteção às mulheres. “É também uma excelente iniciativa para incentivar novas instituições a trabalharem nessa pauta ou até para o surgimento de novas instituições”, explica.
Confira a entrevista completa:
Feminicídios
Em 2021, o número de feminicídios aumentou 47%, subindo de 17, no ano anterior, para 25 neste ano. Segundo a secretária, o dado está dentro do previsto, uma vez que a queda de 2019 para 2021 — de 37% — foi expressiva. “Se a gente analisar a fundo os dados, no ano de 2020, no ápice da pandemia, a gente conseguiu uma redução de quase 50% do índice de feminicídio. Lógico que, a partir disso, o ano seguinte a gente teve um aumento, porque foi uma queda muito expressiva num tempo que ninguém imaginava”, complementou.
De acordo com Filippelli, a pasta tem trabalhado de forma integrada com outras secretarias para reduzir ainda mais esses índices. “A Secretaria da Mulher com a Secretaria de Segurança Pública, com as forças de segurança, criam políticas e pensam num levantamento de todos os casos de feminicídio. Um estudo da Câmara Técnica de Monitoramento traz pra gente o perfil, características muito detalhadas desse crime. A partir dele, nos orientamos na implementação de políticas públicas”, disse.
A secretária destacou, ainda, que há um índice alto de subnotificações dos crimes de feminicídio e de violência doméstica. Segundo ela, entre 2015 e 2018, 72,8% das vítimas não chegaram às delegacias. “Isso fez com que nós buscássemos estratégias para chegarmos até as mulheres em situação de violência e isso a gente criando novos canais, então foi criado, por exemplo, a delegacia on-line do Maria da Penha, em que a mulher pode não só denunciar, mas requerer medidas protetivas e, praticamente em tempo imediato, já é encaminhado para o Tribunal de Justiça para ser deferido pelo juiz”, completou Éricka Filippelli.
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