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Escolas públicas de Brazlândia oferecerão educação integral

Projeto começa por Brazlândia em março, para depois ser ampliado. Todas as escolas da cidade aderem As 22 escolas públicas de Brazlând...


Projeto começa por Brazlândia em março, para depois ser ampliado. Todas as escolas da cidade aderem



As 22 escolas públicas de Brazlândia passarão a oferecer, até a segunda quinzena de março, educação integral para cerca de 12 mil alunos. A cidade foi escolhida para ser a primeira a ter toda a rede educacional adaptada a esse modelo, o que permitirá a expansão do projeto para outras escolas em 2015.

Atualmente, segundo a Secretaria de Educação, 274 instituições do DF já adotam esse formato de ensino, atingindo 42,6 mil estudantes da educação infantil ao Ensino Médio.

De acordo com o secretário de Educação, Marcelo Aguiar, com a decisão de tornar integral o ensino de todas as escolas da cidade, a pasta poderá ter maior controle sobre os efeitos desse projeto.

“Temos muitas escolas de ensino integral espalhadas por todo o DF e, por esse motivo (dispersão), ainda não tivemos condições de avaliar o impacto. Brazlândia, por ser uma cidade média, vai nos servir de laboratório”, explicou.

Nesse projeto, as escolas da cidade, a depender da estrutura, oferecerão, diariamente, atividades que incluem, além do conteúdo regular, ações que incentivem esportes, artes e o desenvolvimento de projetos pedagógicos, tudo destinado a complementar o conteúdo de sala.

Adaptação

Para a implementação total desta nova forma de trabalho, a pasta prevê a adaptação de algumas escolas com a criação de espaços destinados ao desenvolvimento dos trabalhos. Em instituições onde não for possível, por falta de espaço, fazer construções e ampliações, a Secretaria de Educação fará parcerias com centros olímpicos e instituições públicas e privadas que possuam área suficiente para atender os alunos.

“Não queremos fazer da escola um depósito onde colocaremos alunos para brincar somente. Temos que ter atividades pedagógicas, e em Brazlândia, por ser uma área tradicional onde o limite da escola é o limite do lote, teremos que procurar espaços para atender os nossos alunos”, diz o secretário.

Ponto de Vista

De acordo com a especialista em Educação da Universidade de Brasília (UnB) Regina Pedroza, a educação integral precisa apresentar ao aluno um ambiente mais atrativo. “No dia em que ela for atrativa e der resposta às curiosidades dos alunos, ela será eficiente, e a evasão diminuirá”.
Comunidade participa
Além da parte estrutural, o GDF prevê a convocação de novos educadores sociais, pagos com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf). Diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando eram admitidos apenas estudantes do Ensino Médio para o desenvolvimento de atividades culturais e lúdicas, neste ano, poderão participar artistas locais e pessoas da comunidade.

Brazlândia foi escolhida para ser a primeira cidade onde o ensino integral será universalizado devido a características que colaboram para resultados mais satisfatórios. Um dos critérios é que 70% dos professores moram na própria cidade, assim como acontece com 80% dos servidores da área administrativa.

Outro aspecto é o fato de as escolas não receberem impacto das cidades da Região Metropolitana e pela possibilidade de implementação sem a necessidade de grandes intervenções nas estruturas.

A região, por ter vasta área rural, instituirá, em algumas escolas, mais de três refeições. Além do lanche matinal, almoço e lanche da tarde, haverá café da manhã e outra refeição no fim da tarde. “As cinco refeições serão oferecidas principalmente nas áreas rurais, onde temos maior vulnerabilidade social. Normalmente, a única refeição que esses meninos têm é a da escola. Se a criança não está alimentada, não vai aprender”, diz o secretário Marcelo Aguiar.


Impactos sociais
Uma das consequências do ensino integral é a queda na evasão escolar. Mais segurança é outra conquista. “A educação integral mantém a criança ocupada com coisas construtivas e longe da criminalidade. Ajuda a diminuir o consumo de drogas, diminui a violência, tudo como consequência de uma estratégia com visão de futuro”, destacou o especialista em segurança Antonio Flavio Testa.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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