Page Nav

HIDE

Últimas notícias

latest

Fala de Bolsonaro na ONU vai marcar posição do Brasil em relação ao clima

Fala de Bolsonaro na ONU vai marcar posição do Brasil em relação ao clima Presidente Jair Bolsonaro usará os 20 minutos a que tem direit...


Fala de Bolsonaro na ONU vai marcar posição do Brasil em relação ao clima
Presidente Jair Bolsonaro usará os 20 minutos a que tem direito na abertura da Assembleia-Geral da ONU para falar sobre as ações do Brasil em relação ao clima e à preservação do meio ambiente
Nova York (EUA) — Nem agressivo ao ponto de ser tratado como grosseiro nem tão light que possa parecer abrir mão da soberania, mas com a franqueza que é peculiar ao presidente Jair Bolsonaro. É assim, com equilíbrio e destaque às ações do Brasil em relação aos objetivos do milênio que integrantes da comitiva definem o tom do discurso que o chefe do Executivo fará nesta terça-feira (24/9), marcando sua estreia nas Nações Unidas. Por recomendações médicas, a agenda nos Estados Unidos ficou restrita à ONU e a conversas rápidas e concentradas nesta terça-feira (24/9). A primeira será uma rápida reunião com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez, como é praxe nesse evento. O segundo, já no hotel intercontinental, será com o ex-prefeito de Nova York Rudolf Giulliani. Por último, encontro com o presidente Donald Trump, numa recepção no hotel Lot, pouco antes de seguir para o aeroporto.
O discurso não será tão minúsculo quanto o foi aquele que o presidente proferiu em Davos, no Fórum Econômico Mundial, perdendo uma oportunidade valiosa de apresentar as metas de seu governo para a economia e o desenvolvimento social e sustentável. Mas ficará dentro do limite de 20 minutos estabelecido pela ONU. Nesse período, considerado o mais importante das 32 horas que passará nos Estados Unidos, o presidente terá a missão de marcar a posição do Brasil em relação ao clima e mostrar, conforme bem definiu o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ao Correio: “O Brasil está fazendo a sua parte, quem não está são os outros países”.
A frase de Araújo foi uma resposta ao que parte da comitiva brasileira considerou uma provocação por parte do presidente da França, Emmanuel Macron. Na reunião sobre o futuro da Amazônia, nesta segunda-feira (23/9), logo cedo, ladeado por Guterrez, os presidentes do Chile, Sebastian Piñera; da Bolívia, Evo Morales; e da Alemanha, Angela Merkel, Macron foi direto ao dizer que estava fazendo toda aquela discussão sem o Brasil. Essa reunião estará presente no discurso de Bolsonaro, sem citar nome, mas de forma a deixar claro que decidir sobre a Amazônia sem o Brasil significa deixar fora a maior parte da floresta.
O discurso vem sendo tratado com reserva pela comitiva. O presidente ouviu muitos, mas, na hora de decidir, dizem seus assessores, ele trabalhou sozinho. Modificou a maior parte do que lhe foi recomendado. A expectativa é de que Bolsonaro trate dos temas com a franqueza que lhe é peculiar. A maior parte da fala desta terça-feira (24/9), ele passou com Ernesto Araújo; com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno; com o assessor internacional da Presidência, Felipe Martins; e com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-S
P), já apontado como a indicação do governo para a embaixada do Brasil em Washington.