Senadora Leila Barros acredita que seu projeto não prejudicará o processo de vacinação pelo SUS Foto: Waldemir Barreto / Agência O Globo Sen...
Senadora Leila, ex-jogadora de vôlei, propõe vacinar atletas antes de Tóquio
Ela apresentou emenda nesta quinta-feira e, diante da rejeição à proposta, deve entrar com projeto de lei com a mesma finalidade nesta sexta (5)
Ela apresentou emenda nesta quinta-feira e, diante da rejeição à proposta, deve entrar com projeto de lei com a mesma finalidade nesta sexta (5)
A ex-jogadora de vôlei e senadora Leila Barros (PSB-DF) propôs nesta quinta-feira uma emenda ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 43/2020 para garantir a vacinação das delegações e comissões técnicas brasileiras que participarão dos Jogos de Tóquio, a partir de julho. Diante da rejeição do relator à proposta, ela deve apresentar nesta sexta-feira um projeto de lei com a mesma finalidade.
O texto da emenda prevê que as doses possam ser adquiridas por meio da iniciativa privada, buscando não prejudicar o cronograma de imunização nacional. Segundo projeções do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Parlímpico do Brasil (CPB), na emenda sugerida pela senadora, são cerca de 850 pessoas envolvidas, o que acarretaria no uso de 1.700 doses.
A ideia, segundo a senadora, é que os atletas tenham "a chance de receber o imunizante" e que estes possam ser adquiridos com recursos privados. Ela explica ainda que essa é uma "abertura para a discussão, uma construção de caminhos legais para, caso seja decidido imunizar a delegação brasileira, não haja impedimentos".
— Não quero tornar a vacinação deste público obrigatória. O que quero é apenas inserir um dispositivo legal para que o governo oferte a vacina para a delegação brasileira. Essa é uma discussão no mundo. Todos os países estão discutindo isso — afirma Leila ao O GLOBO, que diz respeitar "muito a ordem de vacinação dos grupos prioritários". — Sei que existe uma corrida em busca dos imunizantes e a preocupação de que o cronograma de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) não seja comprometido. Por isso, a minha emenda permite que as doses sejam adquiridas com recursos privados, desde que o governo federal autorize. Não é um fura fila. Não estamos defendendo a inclusão dos atletas em grupos prioritários para a vacinação, mas apenas a imunização em tempo hábil até a realização dos Jogos
Leila, que disputou os Jogos de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sidney-2000, conquistando a medalha de bronze nos dois últimos, afirma que a vacinação deveria ser uma prerrogativa para a disputa dos Jogos de Tóquio:
— Eu acho que os países devem ter essa preocupação com a saúde de suas delegações. Num evento como esse, juntando tanta gente, de diversos países e em estágios diversos da pandemia, a vacinação deveria ser uma prerrogativa para quem vai disputar os Jogos de Tóquio.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) já declarou que não pretende “furar fila”, colocando os atletas do Time Brasil em lista de prioridade. Explica que atualmente foca na testagem dos atletas e não na vacinação, mas que acompanhará o encaminhamento da proposta da senadora. O órgão não foi consultado pelo gabinete da senadora para a elaboração da emenda.
"O COB seguirá o plano nacional de vacinação determinado pelo Governo Federal, como definido desde o primeiro momento. A entidade acompanha o andamento da proposta de emenda elaborada pela senadora Leila Barros (PSB-DF) e aguardará as definições sobre o tema, sempre respeitando as decisões prioritárias do governo", respondeu a entidade ao O GLOBO em nota.
Já o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio de seu presidente, Mizael Conrado, disse que "esta discussão não abarca os atletas paralímpicos visto que, por ter uma grande parcela de pessoas que integra o grupo de risco, deve naturalmente fazer parte dos grupos prioritários."
O texto da emenda prevê que as doses possam ser adquiridas por meio da iniciativa privada, buscando não prejudicar o cronograma de imunização nacional. Segundo projeções do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Parlímpico do Brasil (CPB), na emenda sugerida pela senadora, são cerca de 850 pessoas envolvidas, o que acarretaria no uso de 1.700 doses.
A ideia, segundo a senadora, é que os atletas tenham "a chance de receber o imunizante" e que estes possam ser adquiridos com recursos privados. Ela explica ainda que essa é uma "abertura para a discussão, uma construção de caminhos legais para, caso seja decidido imunizar a delegação brasileira, não haja impedimentos".
— Não quero tornar a vacinação deste público obrigatória. O que quero é apenas inserir um dispositivo legal para que o governo oferte a vacina para a delegação brasileira. Essa é uma discussão no mundo. Todos os países estão discutindo isso — afirma Leila ao O GLOBO, que diz respeitar "muito a ordem de vacinação dos grupos prioritários". — Sei que existe uma corrida em busca dos imunizantes e a preocupação de que o cronograma de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) não seja comprometido. Por isso, a minha emenda permite que as doses sejam adquiridas com recursos privados, desde que o governo federal autorize. Não é um fura fila. Não estamos defendendo a inclusão dos atletas em grupos prioritários para a vacinação, mas apenas a imunização em tempo hábil até a realização dos Jogos
Leila, que disputou os Jogos de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sidney-2000, conquistando a medalha de bronze nos dois últimos, afirma que a vacinação deveria ser uma prerrogativa para a disputa dos Jogos de Tóquio:
— Eu acho que os países devem ter essa preocupação com a saúde de suas delegações. Num evento como esse, juntando tanta gente, de diversos países e em estágios diversos da pandemia, a vacinação deveria ser uma prerrogativa para quem vai disputar os Jogos de Tóquio.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) já declarou que não pretende “furar fila”, colocando os atletas do Time Brasil em lista de prioridade. Explica que atualmente foca na testagem dos atletas e não na vacinação, mas que acompanhará o encaminhamento da proposta da senadora. O órgão não foi consultado pelo gabinete da senadora para a elaboração da emenda.
"O COB seguirá o plano nacional de vacinação determinado pelo Governo Federal, como definido desde o primeiro momento. A entidade acompanha o andamento da proposta de emenda elaborada pela senadora Leila Barros (PSB-DF) e aguardará as definições sobre o tema, sempre respeitando as decisões prioritárias do governo", respondeu a entidade ao O GLOBO em nota.
Já o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio de seu presidente, Mizael Conrado, disse que "esta discussão não abarca os atletas paralímpicos visto que, por ter uma grande parcela de pessoas que integra o grupo de risco, deve naturalmente fazer parte dos grupos prioritários."
Fonte: O Globo
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