Corregedor da PMDF que investigava uso ilegal de viatura é exonerado O coronel Marco Alencar Alves investigava ao menos três inquéritos cont...
Corregedor da PMDF que investigava uso ilegal de viatura é exonerado
O coronel Marco Alencar Alves investigava ao menos três inquéritos contra o major Fábio Alves.
A história foi revelada pelo Correio em dezembro do ano passado.
O corregedor-geral do Departamento de Controle e Correição, do Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Alessandro Marco Alencar Alves, foi exonerado do cargo.
O corregedor-geral do Departamento de Controle e Correição, do Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Alessandro Marco Alencar Alves, foi exonerado do cargo.
A decisão está publicada na edição desta sexta-feira (4/2) do Diário Oficial do DF (DODF) e é assinada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
O coronel Marco e o ex-corregedor Marcus Paulo Kobolt eram os responsáveis por investigar ao menos três inquéritos envolvendo o major Fábio Borges, afastado das atividades por ligar para o 190 e pedir uma viatura em casa, no Park Way.
A história foi revelada com exclusividade pelo Correio em 29 de dezembro, após a reportagem ter acesso à denúncia. O caso ocorreu em 22 de dezembro, enquanto o major Fábio Borges promovia uma festa na residência. Com base no documento, por volta das 22h, ele ligou para o 190 e ordenou que a equipe da viatura levasse um dos funcionários em Ceilândia.
Sabendo da ilegalidade, os PM's o questionaram e se negaram a acatar a ordem, até que o major Fábio, "em tom autoritário", segundo a denúncia, disse que a ordem teria partido do próprio subcomandante-geral da PM.
O comandante da equipe, no entanto, afirmou ao major que, antes de qualquer atitude, ligaria para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para verificar a ordem.
O coronel Marco e o ex-corregedor Marcus Paulo Kobolt eram os responsáveis por investigar ao menos três inquéritos envolvendo o major Fábio Borges, afastado das atividades por ligar para o 190 e pedir uma viatura em casa, no Park Way.
A história foi revelada com exclusividade pelo Correio em 29 de dezembro, após a reportagem ter acesso à denúncia. O caso ocorreu em 22 de dezembro, enquanto o major Fábio Borges promovia uma festa na residência. Com base no documento, por volta das 22h, ele ligou para o 190 e ordenou que a equipe da viatura levasse um dos funcionários em Ceilândia.
Sabendo da ilegalidade, os PM's o questionaram e se negaram a acatar a ordem, até que o major Fábio, "em tom autoritário", segundo a denúncia, disse que a ordem teria partido do próprio subcomandante-geral da PM.
O comandante da equipe, no entanto, afirmou ao major que, antes de qualquer atitude, ligaria para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para verificar a ordem.
Em resposta, o major teria dito: “Pode falar com quem quiser, a ordem é do subcomandante-geral”.
O supervisor foi informado de que de fato o subcomandante Hércules havia ligado para o chefe do Copom e pedido para que o funcionário do major fosse deixado em casa. A situação gerou desconforto na corporação e resultou na homologação da ocorrência.
O caso, agora, segue em apuração pela PMDF.
Exoneração
Sem nenhum processo disciplinar ou sindicância, Marco não foi nomeado para assumir outra função.
Exoneração
Sem nenhum processo disciplinar ou sindicância, Marco não foi nomeado para assumir outra função.
No lugar dele, fica o coronel Valtênio Antônio de Oliveira, que estava como corregedor-adjunto.
A decisão contempla, ainda, a exoneração do tenente-coronel Jorge Henrique da Silva, então chefe da Divisão de Assuntos Técnicos, da Corregedoria da PMDF.
Paulo Kobolt, ex-corregedor adjunto, foi exonerado em 19 de janeiro.
Paulo Kobolt, ex-corregedor adjunto, foi exonerado em 19 de janeiro.
O Correio apurou que um dos inquéritos investigados pela Corregedoria da PMDF sobre Fábio Borges é relacionado a uma ameaça cometida por ele contra Kobolt. Trabalhando diretamente no subcomando-geral da corporação, o major respondia a, pelo menos, dois processos na Justiça, motivo este que fez um promotor do MPDFT questionar o cargo do militar.
Após isso, o coronel Marcus solicitou a um policial todos os documentos e processos envolvendo o major Fábio.
Após isso, o coronel Marcus solicitou a um policial todos os documentos e processos envolvendo o major Fábio.
O policial encarregado dessa função, no entanto, teria ligado para Fábio dizendo que o corregedor queria “investigá-lo”. Revoltado, o major telefonou ao irmão de Kobolt e disse que iria pedir a exoneração do coronel.
O fato foi registrado na Corregedoria da corporação e um inquérito foi instaurado para apurar a situação de ameaça.
Procurado, coronel Marco preferiu não se pronunciar sobre o caso.
Procurado, coronel Marco preferiu não se pronunciar sobre o caso.
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