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Revista Science Critica Políticas Ambientais do Governo Lula à Beira da COP30

  Foto: Ricardo Stuckert / PR À medida que se aproxima a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (C...

 

Foto: Ricardo Stuckert / PR

À medida que se aproxima a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), marcada para acontecer em novembro no Brasil, uma crítica contundente vem à tona. A renomada revista científica Science publicou um editorial no qual questiona as políticas ambientais do governo Lula e alerta que o Brasil, como anfitrião da conferência, não está liderando pelo exemplo em questões climáticas.

Intitulado COP30: Políticas Brasileiras Precisam Mudar, o artigo argumenta que, embora o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, sob a liderança de Marina Silva, tenha se destacado em suas ações ambientais, outros ministérios estão promovendo atividades que elevam as emissões de gases de efeito estufa, contrariando os esforços globais de mitigação da crise climática. O editorial destaca a falta de ação integrada do governo para interromper o desmatamento e avançar na eliminação da dependência dos combustíveis fósseis.

Entre as críticas mais severas, Science aponta as iniciativas dos Ministérios dos Transportes, da Agricultura e de Minas e Energia, que, segundo a revista, estão colaborando para agravar o cenário de aquecimento global. O Ministério dos Transportes, por exemplo, pretende abrir novos trechos da rodovia BR-319, que atravessa a Amazônia e facilitaria o acesso de desmatadores à floresta. A abertura de estradas e a destruição da vegetação que as acompanha são vistas como uma ameaça significativa, já que a perda de áreas de floresta pode ter consequências irreversíveis para o clima global.

O Ministério da Agricultura também é alvo de críticas, especialmente em relação ao incentivo à conversão de pastagens para cultivo de soja. Este movimento, conforme o editorial, está diretamente ligado ao aumento do desmatamento, pois eleva o valor da terra e leva à venda de áreas de floresta para plantadores de soja, o que propaga a destruição de biomas e acelera o ciclo de desmatamento na Amazônia.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia é criticado por sua decisão de abrir novos campos de petróleo e gás na Amazônia e em áreas offshore, incluindo a perfuração planejada na foz do Rio Amazonas, uma região que será muito próxima ao local da COP30. Science observa que essa insistência na exploração de combustíveis fósseis, em pleno século XXI, é uma receita para o desastre climático, retardando a transição necessária para uma economia sustentável.

O editorial deixa claro que, para que a COP30 seja bem-sucedida e efetivamente contribua para a reverter o curso desastroso do aquecimento global, é fundamental que o Brasil altere suas políticas, principalmente no que diz respeito à preservação da Amazônia e à eliminação da dependência de combustíveis fósseis.

Com o evento prestes a ser sediado em Belém, no Pará, em novembro de 2025, Science conclui que a COP30 enfrentará grandes desafios, entre eles a necessidade de uma mudança radical nas políticas do governo brasileiro. A revista aponta que, para que a conferência seja bem-sucedida em sua missão de promover um futuro climático mais sustentável, o Brasil precisará estar à altura do papel de líder global que ostenta ao sediar um evento tão crucial.

As críticas lançadas pela Science colocam uma pressão adicional sobre o governo Lula, instando-o a adotar ações mais consistentes com as metas climáticas globais e a se comprometer, de fato, com a preservação ambiental e a mitigação das mudanças climáticas.

Da redação Estrutural On-line

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