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Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional encerra o ano com uma obra simbólica Último concerto do ano da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional terá a participação especial de um coral de 100 vozes

Nahima Maciel Assim como no 1º Festival de Ópera, um coral vai acompanhar a peça do compositor austría...


Nahima Maciel



Assim como no 1º Festival de Ópera, um coral vai acompanhar a peça
 do compositor austríaco no Teatro Nacional (Pedro Ladeira/Esp.CB)
Assim como no 1º Festival de Ópera, um coral vai acompanhar a peça do compositor austríaco no Teatro Nacional
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro encerra a temporada de 2011 com uma obra simbólica. A Sinfonia nº 2 — Ressurreição , de Gustav Mahler, fala de juízo final e do retorno à vida após a morte. O maestro Claudio Cohen acredita que o tema é apropriado para recordar a trajetória da sinfônica. “Ressureição é fazer o trabalho crescer, surgir. Fizemos uma temporada importante e fechamos com uma obra prima. Além disso, também encerramos o ciclo do centenário da morte de Mahler”, explica.

Durante o ano, a orquestra tocou seis sinfonias do compositor austríaco, algumas das quais já haviam integrado temporadas anteriores. A Sinfonia nº 2 é a mais grandiosas do repertório sinfônico de Mahler. Pela primeira vez, o compositor inseriu um coro no final da composição orquestral. As vozes são responsáveis por cantar Ressurreição (Friedrich Klopstock), peça que seduziu o austríaco durante o enterro de um amigo. Mahler criou um quarto movimento para inserir o canto e fechar a peça.
Cohen

aproveitou o coro formado para o 1º Festival de Ópera e um total de 100 pessoas sobe ao palco da Villa-Lobos para executar os 37 minutos do último movimento da sinfonia. “A gente está formando esse grupo como um coro da cidade, que vai seguir com a gente”, avisa o maestro.

“À medida que eles vão trabalhando, a performance vai melhorando.” A ideia é que, mantendo o mesmo corpo de cantores, as vozes possam amadurecer e se aperfeiçoar. Cohen entende que a formação passa pela profissionalização. A orquestra também precisou ser incrementada para dar conta dos grandes volumes sonoros necessários às sinfonias de Mahler. “A peça exige efetivo elevado, então temos 100 músicos no palco.”

Festival

A temporada de 2012 ainda não está fechada, mas Cohen já adianta o programa do 2º Festival de Ópera. O argentino Marcelo Lombardero, ex-diretor de ópera de câmara do Teatro Colón (Buenos Aires), dirige Carmem (Georges Bizet) na abertura do festival. O cantor e diretor realizou, em 2011, uma versão moderna da história da cigana para o Teatro Avenida, em Buenos Aires, e deve repetir a ideia da adaptação em Brasília. Cavalleria rusticana (Pietro Mascagni), apresentada este ano na primeira edição do festival, volta ao programa, que terá ainda La bohème (Puccini) e Alma (Claudio Santoro).

Já a orquestra toca a Paixão segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach, e Estória de Joaõ e Joana, de Sérgio Ricardo. A combinação faz parte da tentativa do maestro de aproximar os universos populares e eruditos. “Vamos fazer uma justa homenagem ao cantor e compositor Sérgio Ricardo”, avisa. As audições para a escolha dos cantores deve ser feita até o final do primeiro semestre de 2012, mas alguns convidados deste ano devem permanecer no programa.

Concerto de Encerramento da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

Hoje e amanhã, às 20h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Classificação indicativa: 8 anos. Entrada franca.

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