Camila Maxi Não é de hoje que tendências lançadas na internet passam a fazer parte do cotidiano de brasileiros , até mesmo saindo do m...
Camila Maxi
Não é de hoje que tendências lançadas na internet passam a fazer parte do cotidiano de brasileiros, até mesmo saindo do mundo virtual e invadindo a vida de muita gente. O “boom” que alguns vídeos, hits ou até mesmo jargões causam estimula a reprodução de novas versões, muitas com direito a adaptações. Prova disso, são os flash mobs que rapidamente se tornaram comuns.
“O interessante é que muitas pessoas se mobilizam em momentos assim. É um novo fenômeno cultural, e esta mudança é expressa por redes sociais. Oconsumidor passa a ser produtor e, dessa forma, ele passa a interagir com aquilo que lhe diverte”, destaca o professor de Aprendizagem e Arte Colaborativa Online, Lúcio Teles.A tarde de ontem ilustra bem o que diz o especialista. Cerca de 300 jovens se reuniram na Esplanada dos Ministérios para gravar a versão brasiliense de Harlem Shake, um viral que é febre em diversas partes do mundo. A música é criação do norte-americano DJ Baauer, mas ganhou fama quando um grupo de amigos produziu um curioso vídeo com coreografias desengonçadas.
Durante uma semana, nove jovens se esforçaram para organizar o evento. A ideia era fazer entre um grupo de amigos, apenas com 20 pessoas. Mas o projeto tomou outras proporções, e rapidamente se espalhou pela rede. No Facebook, 1.964 pessoas confirmaram presença. “A música é como se fosse um vírus, ela te pega mesmo e não tem jeito. Queremos representar o País”, diz a organizadora Ellen Gonçalves.
A previsão é de que o vídeo, com duração de 30 segundos, esteja no ar até amanhã. Efeitos e adaptações serão trabalhados na versão. “Nosso objetivo é nos divertir”, conta Leandro Sucupira, um dos envolvidos.
Família reunida na festa
A mãe de um dos organizadores do flash mob resolveu também participar da brincadeira. A pedagoga Janice Sucupira conta que viu o filho pedindo um maiô de oncinha emprestado no Facebook, e que o questionou a respeito, então, ele explicou o intuito e ela resolveu entrar no clima e fazer parte do vídeo.
“Eu não podia perder meu filho de oncinha, ficou um espetáculo. Adoro esse clima que os jovens proporcionam, me diverti muito”, declara a pedagoga.
Para produzir o vídeo, os organizadores levaram cerca de uma hora. Primeiro, dividiram os participantes em dois grupos, um com dez pessoas e outro com os demais. Não há coreografia, as pessoas dançam conforme querem, e nem restrições com relação às vestimentas. Teve de tudo.
O desenvolvedor de sistemas Diego Canedo levou a filha Nina, de apenas quatro anos, para fazer parte do vídeo. “Gostei da iniciativa, e resolvi passar por aqui com ela para saber como é feito”, diz.
Diversas reproduções
Os amigos Henrique Brom e Max Brom capricharam na caracterização. Eles fizeram uma versão própria de Harlem Shake com outros amigos. “Tínhamos curiosidade em saber como eles iam produzir. É muito legal estar aqui”, disse Max.
O hit Harlem Shake já ocupa o 9º lugar no ranking de vendas digitais da Billboard. Virais dos mais diversos tipos viraram febre na internet, a exemplo de Gangnam Style, que também ganhou sua fama entre os vídeos mais vistos do YouTube, e com centenas de versões, dezenas delas também brasileiras.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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