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Um calor infernal

Patrícia Fernandes As mudanças climáticas são motivo de preocupação para os moradores do Distrito Federal, que se surpreendem com te...


Patrícia Fernandes
As mudanças climáticas são motivo de preocupação para os moradores do Distrito Federal, que se surpreendem com temperaturas cada vez mais elevadas. Em um período de 22 anos, o DF superaqueceu e a temperatura média, que em 1988 chegava a 24 °C, ultrapassou os 30 °C e atingiu picos inimagináveis de 36 a 38 ºC, em 2010. Neste ano, os termômetros já atingiram os 31.2 °C, e hoje podem chegar aos 30 °C. De olho nestas alterações, que são ocasionadas principalmente pela acelerada taxa de impermeabilização do solo e densidade de construção, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) identificou a formação de ilhas de calor em vários pontos da cidade. 

Esse fenômeno climático ocorre quando o calor do ar é retido em determinadas áreas da cidade, que consequentemente terão sua temperatura aumentada e apresentarão lentidão no resfriamento. A formação dessas ilhas repercute negativamente na saúde da população, no conforto térmico e na dinâmica do clima local. Todos estes fatores estão ligados à modificação das características térmicas da superfície e da ventilação da área urbana.

Modificações

Segundo o subsecretário de Saúde Ambiental, Luiz Maranhão, as altas temperaturas estão diretamente ligadas ao padrão de uso e cobertura da terra. “As ilhas de calor da superfície correspondem às áreas de baixas edificações, cujo processo de ocupação foi desordenado. Com isso, acontece o resultado cumulativo de modificações na cobertura do solo e na composição da atmosfera”, explica.

                                         Ocupação desordenada
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De acordo com o subsecretário de Saúde Ambiental, Luiz Maranhão, as áreas cuja ocupação ocorreu de forma desordenada apresentam os maiores índices de temperatura. “As cidades de Planaltina, Samambaia e Asa Norte são muito quentes”, exemplifica. Já as áreas com ocupação mais planejada apresentam temperaturas mais baixas. “O Lago Sul é um setor extremamente arborizado, e isso resulta em uma temperatura menos elevada. O Guará e Sobradinho também contam com áreas mais verde em relação às outras cidades”, declara.

Para Maranhão, não há como solucionar totalmente o problema. “Não é possível chegar e simplesmente derrubar a casa. O que temos que procurar são paliativos para minimizar os efeitos”, diz. Ele ressalta que as áreas mais isoladas ainda contam com temperaturas mais amenas, mas ressalta que esse cenário vem mudando. “Sem dúvida, o aquecimento nas áreas mais afastadas é menor. Entretanto, devido à monocultura nas áreas rurais, os solo perde a sua proteção natural”, completa.

Leia a matéria completa na edição de hoje do Jornal de Brasília.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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