Mais oportunidades para um recomeço Daniel Cardozo Dentro de 60 dias, aproximadamente, serão inauguradas as novas unidades de atendimen...
Mais oportunidades para um recomeço
Daniel Cardozo
Dentro de 60 dias, aproximadamente, serão inauguradas as novas unidades de atendimento e tratamento de dependentes químicos. Os quatro Centros de Atenção Psicossocial a Álcool e Drogas (Caps AD) serão instalados na Asa Norte, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia e se juntarão às instalações 24h já implementadas. O único Caps AD tipo III (24h) em funcionamento no DF atualmente é a unidade da Rodoviária, que funciona no Touring Club. A inauguração ainda depende de questões de logística, segundo a Secretaria de Saúde.
As unidades atenderão usuários de drogas, com atenção especial para álcool e crack. Os centros vão oferecer, além do tratamento médico, atividades como terapia de grupo, oficinas de musicalização, artesanato e dança, para ajudar na recuperação dos pacientes.
Segundo a diretora do Caps AD Rodoviária, Maria Garrido, esse tipo de ação ajuda também no diagnóstico feito pelos profissionais. “Enquanto observamos o paciente jogando dominó e fazemos passeios em pontos turísticos, vamos anotando alguns fatores. Avaliamos a capacidade cognitiva , memória, percepção, entre outros. Isso também influencia no tratamento”, explicou Garrido.
Voluntária
Não existe ainda um levantamento sobre o perfil de quem procura o CAPS da Rodoviária, mas a idade costuma variar de 18 a 25 anos, e a maioria dos interessados é homem. A unidade também recebe menores de 18 anos, mas costuma encaminhá-los para outras unidades.
Para a Secretaria de Saúde, a internação voluntária é a melhor maneira de recuperar os pacientes.“Quando existe a internação compulsória, o máximo que se consegue é fazer a desintoxicação do paciente por um curto período. A adesão só tem efeito quando é voluntária”, explicou o diretor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde,
No primeiro momento, o usuário passa por tratamento médico, desintoxicação, diagnóstico de problemas recorrentes, como desnutrição e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Os casos são avaliados um a um, e, só então, se verifica a necessidade ou não de internação.
O governo promete que o tratamento irá além da atenção médica. “Será feito um trabalho para reinserir o indivíduo na sociedade, ajudá-lo a traçar um projeto de vida, para realmente sair do vício”, garantiu o diretor de Saúde Mental.
Demanda terá estrutura eficiente
Com a implementação das novas unidades de atendimento e tratamento de dependentes químicos, a secretaria acredita que terá uma estrutura eficiente para atender a demanda. “A Saúde Mental está em franca expansão no DF. Teremos capacidade de atender melhor a população.
A rede 24h, que já tem UPAS e hospitais públicos, será ampliada com as novas unidades. Com isso, a nossa estrutura ficará robusta em relação ao restante do País”, informou Augusto César Costa, diretor de Saúde Mental.
A expectativa do governo é que não seja mais necessário encaminhar pacientes para cidades que compõem a Região Metropolitana do Distrito Federal, entre elas Unaí. A estimativa é que seja investido pelo GDF R$ 4,8 mil por usuário internado.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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