Farmácia de Alto Custo: usuários ficam na mão Expediente menor e panes no sistema são as principais reclamações A Copa do Mundo provoca alt...
Farmácia de Alto Custo: usuários ficam na mão
Expediente menor e panes no sistema são as principais reclamações
A Copa do Mundo provoca alteração na rotina de boa parte da população. Mas, quando se trata de saúde, muitos têm pressa. É aí que começa o problema dos usuários da Farmácia de Alto Custo, localizada na estação do metrô da 102 Sul. Se não bastassem as alterações no horário de expediente por conta do Mundial, o estabelecimento tem passado por panes no sistema.
Segundo um atendente da Farmácia de Alto Custo, o sistema operacional, que regula desde os cadastros até a distribuição dos medicamentos, estava com problemas desde a terça-feira passada. Com isso, a alternativa foi seguir com o processo inteiro de maneira manual, o que causou demora.
Confusão
A dona de casa Teresinha de Jesus, 49 anos, conta que o serviço estava confuso e demorado. “Cheguei há três horas e ainda não me chamaram. Para outra pessoa deram senha com número, no meu caso só anotaram o nome do meu filho e disseram que iam me chamar. Não dá pra entender”, reclama.
Teresinha é moradora do Gama e foi pela primeira vez à Farmácia de Alto Custo na última quinta-feira, retirar o medicamento para seu filho. Porém, devido ao jogo entre Portugal e Gana no DF, encontrou o local fechado. “Vivo numa área humilde. Uma caixa desse medicamento é R$ 300, muito caro para o meu orçamento”, lamenta.
A dentista Marili da Silva, 35 anos, relata que durante toda a terça-feira o serviço esteve fora do ar. Ela utiliza o sistema há dez anos, para retirar medicamentos para a mãe, que sofre de um problema na coluna. Marili afirma que desde o início do Mundial a dificuldade para retirar os remédios aumentou. Já a importância do serviço não muda. “Entre os remédios que eu retiro está o Sulfassalazina e o Infliximab. O primeiro são duas caixas por mês, cada uma custa R$ 2 mil. No caso do Inximab, uma caixa custa R$ 16 mil”.
Horas de espera na fila
A aposentada Rehab Ali, 45 anos, diz que frequentemente tem problemas em relação ao atendimento na Farmácia de Alto Custo. Rehab precisa de quatro caixas de Codeína por mês, remédio que auxilia a aposentada a lidar com seu problema de dor na costas. “Eu fico horas na fila e algumas vezes o meu remédio acaba e eu não consigo retirar mais”, reclama. Segundo ela, o atendimento teve uma piora desde que a Copa do Mundo começou.
A técnica em enfermagem Fernanda dos Santos, 30 anos, diz utilizar o sistema há três meses, e neste último, especificamente, teve muitas dificuldades para retirar os medicamentos para o irmão. “Eu liguei e me informaram que o sistema estava operando normalmente. Porém, ao chegar aqui, me disseram que estava funcionando, mas parou. Isso está causando demora e muitos transtornos”, conta Fernanda.
Ela afirma que o irmão precisa de quatro a cinco caixas de Metadon por mês. Em média, cada uma custa R$ 70. São ainda seis caixas de Morfina mensalmente, cada uma saindo por R$ 50.
Versão oficial
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que o sistema da Farmácia de Alto Custo oscilou várias vezes durante o dia. Por isso os funcionários fizeram o preenchimento das fichas manualmente.
A Secretaria de Saúde alegou ainda que, com o ponto facultativo na segunda-feira, devido ao jogo no Mané Garrincha, a procura pela farmácia aumentou. E que todos os que procuraram o serviço até as 18h de ontem foram atendidos. A pasta declarou ainda que não estenderá o prazo de entrega dos medicamentos, uma vez que os pacientes tiveram todo o mês de junho para retirar a medicação na farmácia.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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