Depois de sair fora da base do governo, partido dá sinais de que abandonará frente de Alírio também Figurões do PRB (Julio Cesar, Eva...
Depois de sair fora da base do governo, partido dá sinais de que abandonará frente de Alírio também
Figurões do PRB (Julio Cesar, Evandro Garla e Wanderley Tavares) foram à casa de Frejat junto com Paulo Octávio – Foto: Divulgação
Uma carta foi a senha para que o PRB deixasse a base do governador Rodrigo Rollemberg e a desculpa também para que o partido fosse negociar com o grupo do ex-governador José Roberto Arruda, mesmo depois de assinar um documento em que declarava apoio ao colegiado liderado pelo ex-distrital Alírio Neto e o deputado federal Izalci Lucas (PSDB).
Graças à declaração de independência, explica o deputado distrital Julio Cesar Ribeiro, o partido “pode conversar com todos os players”. Nesta segunda-feira (16), causou polêmica uma foto divulgada no Instagram do parlamentar evangélico: o registro de um encontro com o pré-candidato Jofran Frejat (PR) e Paulo Octávio (PP). No retrato, além dos dois “amigos” de Arruda, estão Julio, o secretário nacional do partido, Evandro Garla, e o presidente regional, Wanderley Tavares.
A reunião, que ocorreu na casa de Frejat e no mesmo dia em que o grupo de Alírio passou o dia reunido discutindo quem vai encabeçar a chapa, foi justamente para discutir o cenário político local, explica Julio. “Apenas estamos conversando. Nesse momento, é só conversa”, disfarça o parlamentar.
Sobre a nota pública de apoio ao grupo de Alírio que a sigla assinou, Julio diz que isso foi “há 45 dias”. E, de lá para cá, o partido já declarou independência. “Contudo, as conversas estão avançadas naquela frente, mas abriu possibilidade de conversarmos com todos os players”, completa o distrital, que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Na Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso, que se filiou recentemente à legenda, tentará a reeleição.
Para Alírio, que espera encabeçar a chapa do grupo que reúne 12 partidos, “na política, tudo é possível”, embora ele confie que o PRB esteja fechado com o grupo. “Mas eles têm liberdade”, explica, depois de cogitar que o encontro com o grupo de Arruda tenha ocorrido em data anterior à declaração de apoio da legenda.
Insatisfação
Os evangélicos andam insatisfeitos com o tratamento que sai lá das bandas do Palácio do Buriti. E este seria o motivo que levou o partido a deixar logo a base e partir em busca de mais valorização. Têm a favor um segmento que é bem importante para a definição de uma eleição e querem ser reconhecidos por isso.
Apesar de, nos bastidores, o PRB também se juntar aos demais evangélicos no sentimento de desprestígio da atual gestão, a posição da sigla será de independência. “O PRB -DF não se posicionará como oposição, mas trilhará o caminho da independência, sem se negar ao diálogo, à colaboração e a votar favoravelmente todas as propostas que considerar positivas para o Distrito Federal”, diz a nota divulgada pela sigla, que deixa claro que a saída da base “tem caráter definitivo e irreversível”.
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