A votação de três deputadas do DF, Paula Belmonte (Cidadania), Celina Leão (PP), Bia Kicis (PSL), atenderam aos interesses do governo Bols...
Por Chico Sant’Anna
Brasília possui o terceiro aeroporto mais movimentado do País. Em 2018, quase 18 milhões de passageiros utilizaram o terminal brasiliense para viajar. E com eles, é claro, muitas malas. Malas que até recentemente não eram cobradas, dentro do limite de peso até então autorizado. Desde dezembro de 2016, quando a Anac autorizou a cobrança de qualquer mala despachada, uma luta entre o Executivo e o Legislativo vem se dando. No último capítulo dessa novela, que dói ao bolso do brasiliense que precisa viajar, a Câmara dos Deputados não conseguiu o número de votos necessários para derrubar o veto de Bolsonaro ao projeto de Resolução que revogava a cobrança das bagagens. Votaram 247 pela derrubada do veto, mas eram necessários 257. Faltaram apenas dez votos para que o direito dos consumidores fosse respeitado. Dos oito deputados de Brasília, três votaram contra a gratuidade do despacho das malas: Paula Belmonte (Cidadania), Celina Leão (PP), Bia Kicis (PSL). Curiosamente, segundo pesquisa feita pelo então ministério dos Transportes, em 2015, são elas, as mulheres passageiras, quem mais carregam bagagem nos voos domésticos.
Os deputados federais pelo DF Júlio Cesar (PRB), Professor Israel (PV) e Flávia Arruda (PL) ficaram do lado do consumidor e votaram no sentido de derrubar o veto de Bolsonaro. Já o deputado Luís Miranda (DEM), envolto em denúncias e processos na justiça, correndo inclusive o risco de perder o mandato, e Erika Kokay (PT) não votaram. Kokai justificou a sua ausência pelo fato de “ter que resolver problemas inadiáveis” e de assim ter chegado atrasada para votar. Registrei, em microfone, minha posição favorável à derrubada do veto” disse ela. Entretanto, declaração oral de voto não é considerado como voto. Ká o gabinete de Luis Miranda, consultado, não soube explicar a ausência.
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