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Deputado Distrital Fernando Fernandes: cai a máscara do ‘Xerife’

Por Mino Pedrosa O ex-‘Xerife’ da 19ª delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na Ceilândia, Fernando Fernandes, que administ...


Por Mino Pedrosa
O ex-‘Xerife’ da 19ª delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na Ceilândia, Fernando Fernandes, que administrava a cidade até a semana passada, retomou o mandato de deputado distrital, com a forca no pescoço em busca do foro privilegiado. A Operação Escalada do Grupo de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) da PCDF que prendeu pessoas ligadas a Fernando Fernandes em setembro deste ano, apreendeu também uma farta documentação que comprovam vários ilícitos cometidos por deputados distritais antes e durante o mandato parlamentar.
Documentos e áudios apreendidos durante a operação e em posse do MPDFT revelam que o deputado Fernando Fernandes pratica vários crimes entre eles a “rachadinha” exigindo que servidores nomeados por ele na administração e no gabinete parlamentar devolvam parte de seus salários recebidos mensalmente.
O flagrante absurdo de conversas gravadas entre o chefe de gabinete de Fernando Fernandes e sua principal assessora, Lucilene, ocupante do cargo CNE1 (19.761,77), segundo maior salário de cargos em comissão da CLDF, comprovam a exploração dos nomeados do distrital obrigados a contribuírem para um caixa 2: ”Será que ele não está vendo as merdas uma atrás da outra? desabafa Lucilene. Ele está querendo arrecadar. Ele sabe de tudo aonde pega. Diz o chefe de gabinete. Um moleque daquele (o Luís), um menino fica pegando com dona Fátima. Eu dou quatro mil do meu salário (todo mês, revela Lucilene) que segue com a explanação. A Ângela mais quatro mil, o Luís mais dois mil. Eu pagava o carro e uma facha de quatro a cinco mil (confessa o chefe). Ele viajou eu assumi a viajem que foi vinte e quatro mil a viajem. Como assumi a viajem vinte e quatro mil dividido por 12 meses dois mil, ou seja, só iria pagar para ele no ano que vem. Sabe o que ele vai fazer agora? Ele vai renovar o seu e o da Ângela para ficar recebendo todo mês. Eu fiz um acordo com ele até outubro (revela Lucilene). Mas, ele vai renovar com vocês (afirma o chefe). Ele vai dispensar dona Fátima? Dona Fátima duvido. Dona Fátima que é o porto seguro dele. Ele faz com ela o que ele quiser. E ainda tem o do André luís. O André é cinquenta por cento”.







Dona Fátima trata-se de Maria de Fátima Videres de Sena Martins, lotada no gabinete do deputado com o maior salário (CNE1) e mãe de Joanne Videres que segundo fontes ligadas a Fernandes, amante do ex-Xerife, fora do casamento. Um vídeo em posse de um agente mostra o casal fazendo orgia no interior da 19ª Delegacia, quando Fernando ainda era delegado chefe. O vazamento da história do relacionamento extra conjugal gerou o fim do casamento de Fernandes.



Joanne, a namorada pivô da separação.
Aline, a esposa em processo de divórcio
Maria de Fátima aparece em outro áudio como sendo a responsável pela a aquisição de atestados médicos falsos para agentes da PCDF lotados na 19ª Delegacia, assessores diretos de Fernando Fernandes na Administração da Ceilândia: Ângelo Valane Barcellos, Oséias Bernadino de Souza Filho e Regina Cláudia de Azevedo Curiolano, todos já respondem a um PAD (Processo Administrativo Disciplinar). Os atestados serviam para justificar a ausência dos agentes no trabalho e garantir a assessoria full time para Fernando, pagos com dinheiro dos cofres público.
Brás, sogro de Fernando e pai de Aline
Fortes indícios também ligam Fernando Fernandes com o crime de grilagem de terras. As denúncias no MPDFT são consideradas de extrema gravidade pelo procurador do caso. Segundo fontes no MPDFT, Fernando Fernandes recebe das mãos de Braz,seu sogro, cinquenta por cento do salário de André Luís, funcionário do gabinete que repassa a quantia mês a mês. O diálogo do chefe de gabinete com a principal assessora confirma uma sequência de crimes praticados pelo ex-Xerife da Ceilândia, que agora, ocupa a tribuna da CLDF com um discurso avesso ao seu comportamento diante da sociedade.
A nova família
O ‘Xerife’ bom de briga acostumado só a bater, ao desafiar o governador para reassumir o mandato, sentiu o nó da forca apertar o pescoço. Ao retornar para a CLDF perdeu os vários cargos de altos salários que tinha para amordaçar pessoas que nos bastidores são detentores de material bombástico contra o deputado.