Para Arlete Sampaio (PT), o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi um golpe que alavancou a eleição de Jair Bolsonaro (PSL)(foto: Marcelo Fe...

Para Arlete Sampaio (PT), o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi um golpe que alavancou a eleição de Jair Bolsonaro (PSL)(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
''Não somos oposição cega ao governador Ibaneis'', diz Arlete Sampaio (PT)
Segundo a parlamentar, projetos que possam contribuir com a cidade serão apoiados pelos distritais petistas
Entre críticas e elogios à gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), a deputada distrital Arlete Sampaio (PT) afirmou que o partido não faz oposição cega ao GDF. Em entrevista concedida ao programa CB. Poder, parceria do Correio com a TV Brasília, na tarde desta segunda-feira (11/11), a parlamentar afimou que muitas vezes chegam projetos ruins do Executivo, que são discutidos com os deputados e melhorados.
“O que não concordamos é em privatizar empresas públicas e com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), sendo que o Sistema Único de Saúde (SUS) prevê gestão única das unidades. Porém, o que for bom para a cidade, vamos estar juntos, no sentido de apoiar o que possa melhorar a vida do povo”, destaca.
Arlete elogiou Ibaneis na criação da Secretaria de Governo. “Do ponto de vista de pequenas obras, a cidade tem melhorado muito, está mais arrumada. É uma coisa que inovou, mas também tem muito a ver com o secretário (José Humberto Pires)”, comenta. Entretanto, a distrital reclama que, na área da saúde, “nada avançou”. Além disso, ela também critica a militarização das escolas. “Os estudantes estão infelizes”, diz.
Retomada
Após derrota nas eleições para chefe do Palácio do Buriti em 2014 e 2018, a deputada distrital Arlete Sampaio (PT) acredita que a nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) terá condições de retomar o espaço político em Brasília. A distrital ressalta que o PT local fará reunião nesta segunda-feira (11/11) para definir estratégias e a mudança do diretório regional. De acordo com ela, a posse dos novos nomes escolhidos está prevista para 1° de dezembro. “Sem dúvida, nas últimas eleições tivemos o pior resultado da série histórica. Isso reflete toda campanha anti-PT e também nossos erros”, afirma.
Arlete também destaca que o partido se articula parar criar uma esquerda unificada e usou o Uruguai como exemplo. “Vamos trabalhar para construir a unidade da esquerda. O próprio Fernando Haddad (candidato do PT à presidência nas últimas eleições) é um nome que pode voltar à cena política. Também temos governadores eleitos no Nordeste”, diz.
Sobre a saída do ex-presidente Lula da prisão, na sexta-feira (8/11), a deputada ressalta que é um momento de reflexão e de definir estratégias. “Estamos mais felizes, foi uma mudança de humor”, comentou. Entretanto, de acordo com ela, as estretágias para o futuro serão discutidas no Congresso Nacional dos Trabalhadores, ainda em novembro.
Golpe
Para Arlete, o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi um golpe que alavancou a eleição de Jair Bolsonaro (PSL). “O golpe se manifesta em diversos capítulos”, comenta. “Hoje, nós vemos que teve fraude, no sentido da vontade popular, deformada por fake news. A gente tem muito chão pela frente”, frisa.
De acordo com a distrital, a vitória de Bolsonaro foi fruto de uma campanha apoiada pelo segmento neopentecostal, que repercutiu fake news. “Inventaram o kit gay e a mamadeira de piroca. Basearam o discurso em duas coisas: que o PT destruiu a economia brasileira e que quer destruir a família, o que não é verdade”, rechaça.