Primeiro dia do Brics deixa a política de lado e se centra na economia Governos assinam nove atos de cooperação e defendem aproximação na ...
Primeiro dia do Brics deixa a política de lado e se centra na economia
Governos assinam nove atos de cooperação e defendem aproximação na área de tecnologia, durante encontro de cúpula do Brics, bloco que inclui, ainda, Rússia, Índia e África do Sul. Com discordâncias na política, economia dá o tom das discussões
A sessão plenária da 11ª Cúpula dos Brics acontece nesta quinta-feira (14/11), mas o presidente Jair Bolsonaro deu o pontapé inicial nas negociações comerciais nesta quarta-feira (13/11). Em reunião bilateral, no Palácio do Itamaraty, com o presidente da China, Xi Jinping, os dos chefes de Estado se dispuseram a ampliar a parceria nas áreas econômica, jurídica e cultural. Os governos brasileiro e chinês assinaram nove atos, entre os quais se destaca o intercâmbio de tecnologia na área do agronegócio. O Brasil facilitará a venda de sua expertise na área e a China responderá aportando investimentos e negociando sua tecnologia na área social e em infraestrutura e construção. A ideia é usar a inovação na busca pelo crescimento econômico.
A busca por tecnologia e desenvolvimento da economia digital acabou sendo o foco principal das conversas entre China e Brasil, que teve uma diferença de enfoque. Enquanto Bolsonaro se concentrou nas relações bilaterais, Xi Jinping aproveitou o evento diplomático para defender a multilateralidade e a redução do protecionismo no comércio global, numa referência à guerra comercial que trava com os Estados Unidos. “Vamos nos esforçar para que a cúpula obtenha resultados frutíferos e emita sinais positivos de apoio ao multilateralismo, que dá justiça internacional e desenvolvimento aos países”, destacou.