Foto: Divulgação MP Grupo seria responsável pela indevida postergação e não conclusão das obras de reforma e ampliação do Hospital Munici...
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Foto: Divulgação MP |
Grupo seria responsável pela indevida postergação e não
conclusão das obras de reforma e ampliação do Hospital Municipal Dr.
Gilberto da Silva Caldas
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quarta-feira, 7, a Operação Esculápio, cujo objetivo é desarticular uma suposta organização criminosa, instalada na administração pública do município de Itaberaí.
O grupo seria responsável pela indevida postergação e não conclusão das obras de reforma e ampliação do Hospital Municipal Dr. Gilberto da Silva Caldas. A operação conta com o apoio das Polícias Militar e Civil.
A reportagem apurou que foram cumpridos mandados na casa do prefeito da cidade, Roberto Silva (PP) e também na sede da prefeitura. Ainda são alvos da operação ovice-prefeito, Adilson Cardoso (PSDB), o secretário de Saúde, Zanderlan Moreira, e uma clínica de raio-x.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Itaberaí, além do bloqueio de bens dos investigados. A expedição dos mandados foi feita pela juíza Placidina Pires, titular da Vara Estadual de Combate às Organizações Criminosas.
Os crimes investigados vão desde as fraudes nas licitações das obras de reforma e ampliação do hospital municipal até o desvio de verbas públicas municipais e a lavagem de capitais, bem como o crime de organização criminosa.
Entenda
Relatório Técnico da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (Suvisa) mostra que, mesmo após o início das obras, e em situação bastante precária, o hospital continuou fazendo internações. Além de uma estrutura física incompatível com as atividades realizadas no estabelecimento, havia pacientes graves aguardando vagas de unidade de terapia intensiva (UTI), em um local sem as condições mínimas exigidas pelo Ministério da Saúde (Portaria 2048/2002/MS).
Para a Suvisa, “o estabelecimento não possui condições estruturais e funcionais para a realização de um serviço de saúde”, o que se agravou ainda mais com a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Conforme apurado pela investigação, uma das prováveis causas para a
postergação na conclusão das obras do hospital foi o direcionamento dos
exames de raio X, ultrassonografia e mamografia para uma clínica
particular da cidade, que recebeu do município a quantia de R$
1.889.669,68, bem como o valor de R$ 453.417,04 referente à mão de obra
de quatro técnicos de enfermagem, no período de janeiro de 2016 a
janeiro de 2018. Os valores são superiores ao da própria obra, orçada
inicialmente em R$ 2.187.970,00. (Com informações do MPGO)
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