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Presidente do TSE Barroso volta a atacar possibilidade de voto auditável: ‘vai criar o caos’

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a criticar nesta quarta-feira (5) a possibilidade d...

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a criticar nesta quarta-feira (5) a possibilidade de voto auditável no Brasil. Barroso disse que a medida iria criar o “caos” em um sistema que, segundo ele, funciona bem.
Barroso concedeu entrevista à GloboNews e afirmou que caso a PEC do voto auditável seja aprovada, o país terá “um desejo imenso de judicialização” do resultado eleitoral.
“O voto impresso vai permitir que cada candidato que queira questionar o resultado peça a conferência dos votos. 
Vai contratar os melhores advogados eleitorais do país para buscar uma nulidade, alguma inconsistência e vai questionar oficialmente o resultado das eleições. E aí nós vamos ter mais um nível de judicialização no país, que vai ser o resultado das eleições, vai ser produto de uma decisão judicial”, alegou.
O ministro fez uma comparação com as últimas eleições nos Estados Unidos.
 “O presidente Trump, que inspira muitos dos que questionam as nossas urnas, entrou com mais de 50 ações judiciais. Nenhum juiz deu cautelar nem determinou suspensão da contagem ou o que fosse”.
Barroso, no entanto, não mencionou que o Senado do Arizona iniciou no último mês a auditoria de mais de dois milhões de votos das eleições de 2020 no condado de Maricopa, o maior do estado. Trata-se de uma auditoria ampla e detalhada, com testagem de urnas eletrônicas, verificação de cédulas, busca por violações de TI e recontagem manual dos votos.
O professor Olavo de Carvalho comentou nas redes sociais as declarações do ministro do TSE: “O Borroso só gosta do voto inauditável, apuração secreta e averiguação impossível, com a transparência de uma placa de chumbo.”
O assunto também foi tema de comentários no Boletim da Manhã desta quinta-feira (6). Para o analista político Carlos Dias, as declarações de Barroso podem ser interpretadas como uma “sinalização” ao Legislativo.
“É importante frisar essa campanha de já querer sinalizar para o Poder Legislativo de que vai se estabelecer o caos quando você tem a possibilidade de auditagem no voto, ou mesmo promover uma ação para que isso seja verificado. 
Eu não sei o que o ministro Barroso está querendo sinalizar para o Poder Legislativo”, declarou.
Ainda conforme o analista, quem precisa possuir a garantia de seu voto é o povo e não o candidato ou os partidos.
“O povo brasileiro é quem quer a garantia que está votando no candidato que ele escolheu, e aquele voto efetivamente está indo para a urna e ele está sendo computado para aquele candidato. Não é um direito do partido, não é um direito do candidato que está concorrendo. É o poder originário que é do povo”, comentou.

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