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Citada em depoimento da CPI da Covid, advogada da família Bolsonaro diz que 'fazer churrasco não é crime'

"Fazer churrasco não é crime.  Conhecer pessoas não é crime. O anfitrião não está obrigatoriamente vinculado aos atos, anteriores ou po...


"Fazer churrasco não é crime. 
Conhecer pessoas não é crime. O anfitrião não está obrigatoriamente vinculado aos atos, anteriores ou posteriores, dos convidados", afirmou a advogada Karina Kufa, apontada por senadores da CPI da Covid como elo entre o clã Bolsonaro e lobistas na compra de vacinas
247 - Após ser citada na CPI da Covid e senadores cogitarem a sua convocação, a advogada de Jair Bolsonaro, Karina Kufa, divulgou nota nesta segunda-feira (30). 
Ela foi citada no depoimento do empresário José Ricardo Santana em que ele afirma que esteve num jantar a convite da advogada e lá teria conhecido o lobista Marconny Ribeiro.
Ribeiro e Santana enviaram ao Ministério da Saúde um "passo a passo" de como fraudar licitações para beneficiar a Precisa Medicamentos, empresa envolvida no esquema de compra da Covaxin, cujo contrato foi considerado irregular e com suspeitas de propinas.
"Fazer churrasco não é crime. 
Conhecer pessoas não é crime. 
O anfitrião não está obrigatoriamente vinculado aos atos, anteriores ou posteriores, dos convidados", afirmou a advogada em nota.
Segundo ela, integrantes da CPI tentaram vincular seu nome "de forma irresponsável às supostas irregularidades na compra de vacinas", o que considera como "uma manobra para desgastar o presidente".
"Sem elementos concretos para enquadrar o chefe do Executivo, partiram para o ataque sem reservas contra mim e contra outras pessoas próximas a ele", disse.
Karina afirmou ainda que não tem qualquer vínculo com a compra ou venda de vacinas e testes para covid.
 "Não advogo para nenhuma empresa contratada na pandemia e não conheço os representantes da Precisa Medicamentos", protestou a advogada.
Para o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), existem elementos que comprovam a atuação de Kufa em favor da Precisa Medicamentos nas negociações com o Ministério da Saúde para a venda da vacina Covaxin.
“Ela atuou em favor da precisa. 
E os diálogos entre os lobistas Ricardo Santana e Marconny Faria apontam que outras pessoas do núcleo familiar do presidente da República tiveram algum tipo de relação com esses personagens”, disse Randolfe.

Leia a nota na íntegra:
Na semana passada, integrantes da CPI tentaram vincular meu nome de forma irresponsável às supostas irregularidades na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. 
Os malabarismos verbais, os comentários maliciosos e sem qualquer fundamento, me pareceram uma manobra da oposição para desgastar o presidente da República.
Sem elementos concretos para enquadrar o chefe do Executivo, partiram para o ataque sem reservas contra mim e contra outras pessoas próximas a ele. 
Em respeito às pessoas que acompanham as sessões da CPI e, claro, em respeito à própria Comissão Parlamentar de Inquérito gostaria de deixar claro que não tenho qualquer vínculo com a compra ou venda de vacinas e testes para Covid. 
Não advogo para nenhuma empresa contratada na pandemia e não conheço os representantes da Precisa Medicamentos.
Considero importante destacar também que:
1) Fazer churrasco não é crime;
2) Conhecer pessoas não é crime;
3) O anfitrião não está obrigatoriamente vinculado aos atos, anteriores ou posteriores, dos convidados.
Devo dizer também que, no momento oportuno, buscarei reparação na Justiça contra todos aqueles que, de má-fé, propagam insinuações maliciosas e produzem fake news para manchar o meu nome.
Karina Kufa
Advogada

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