7 de setembro: manifestações não contam com aval das Forças Armadas As manifestações programadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro...
7 de setembro: manifestações não contam com aval das Forças Armadas
As manifestações programadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para o feriado da Independência não são bem avaliadas pelas instituições militares.
Nos quartéis, o entendimento é de que o Brasil precisa é de uma trégua na crise entre os Poderes
Os atos programados por defensores do presidente Jair Bolsonaro para o 7 de Setembro, em Brasília e outras capitais do país, não têm recebido o apoio das Forças Armadas.
O teor político que tem sido dado para as manifestações, inclusive com ameaças de invasão e depredação ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e de interdições de rodovias, é motivo de preocupação dentro dos quartéis, que não querem dar respaldo a protestos que sejam marcados por episódios de violência.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem convocado apoiadores para as manifestações.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem convocado apoiadores para as manifestações.
Em diversos discursos, incitou os eleitores a não ceder nas críticas contra o STF e considerou o feriado como uma oportunidade única para que o país renove a sua independência.
Ontem, o chefe do Executivo disse que “quem quer paz se prepare para a guerra”.
A postura do chefe do Executivo e a mobilização dos bolsonaristas para os protestos da próxima semana não são bem avaliadas entre os militares.
A postura do chefe do Executivo e a mobilização dos bolsonaristas para os protestos da próxima semana não são bem avaliadas entre os militares.
Dentro da caserna, a análise é de que o país precisa dar uma trégua na crise entre as instituições, e não reforçá-la. Dessa forma, as Forças Armadas evitam aderir ao movimento a favor do governo para não deixar a impressão de que estariam apoiando o Executivo na rixa com o Judiciário.
Apesar da presença de militares no governo, que devem incentivar os protestos de apoiadores do presidente, a maioria das Forças Armadas não quer embarcar nas falas de Bolsonaro também para evitar que a instituição seja vista como uma aliada do chefe do Executivo em um eventual golpe.
Apesar da presença de militares no governo, que devem incentivar os protestos de apoiadores do presidente, a maioria das Forças Armadas não quer embarcar nas falas de Bolsonaro também para evitar que a instituição seja vista como uma aliada do chefe do Executivo em um eventual golpe.
Constantemente, o presidente diz que as FAs são um “poder moderador” e que dão “apoio total”a suas decisões, discurso que não encontra respaldo nos quartéis.
Pacificação
O deputado Coronel Armando (PSL-SC), da reserva do Exército, não esconde a preocupação de que as manifestações bolsonaristas sejam marcadas por atos violentos. Segundo ele, por mais que os atos promovidos por apoiadores do presidente sejam normalmente pacíficos, a situação política atual pode contribuir para atitudes mais exaltadas de integrantes.
Pacificação
O deputado Coronel Armando (PSL-SC), da reserva do Exército, não esconde a preocupação de que as manifestações bolsonaristas sejam marcadas por atos violentos. Segundo ele, por mais que os atos promovidos por apoiadores do presidente sejam normalmente pacíficos, a situação política atual pode contribuir para atitudes mais exaltadas de integrantes.
“Qualquer manifestação que passe a ter episódios de depredação ou de ameaça a instituições não deve ter a participação dos militares, seja da ativa, seja da reserva”, afirmou.
O parlamentar comentou que as Forças Armadas nunca incentivaram militares a participar de manifestações de cunho político e que, portanto, não seria diferente desta vez.
O parlamentar comentou que as Forças Armadas nunca incentivaram militares a participar de manifestações de cunho político e que, portanto, não seria diferente desta vez.
Ele admitiu que ninguém está impedido de comparecer, sem usar farda, mas frisou que não seria positiva para a imagem da instituição a presença de militares nos protestos. “Manifestações pacíficas e pela liberdade democrática são legítimas, mas quando um protesto toma um caráter violento, isso muda de figura.
A gente não pode estar nessa situação”, enfatizou.
O deputado General Peternelli (PSL-SP), também da reserva do Exército, acrescentou que “o país precisa de tranquilidade e o bem comum para todos”.
O deputado General Peternelli (PSL-SP), também da reserva do Exército, acrescentou que “o país precisa de tranquilidade e o bem comum para todos”.
“O foco de todos nós tem de ser o cidadão e a população brasileira. Quando há polarização, temos de sempre perguntar se ela contribui ou não para o bem comum da população.
A manutenção da lei e da ordem é uma atribuição legal das Forças Armadas.”
Saiba Mais — Nada de flores
A seis dias do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em cerimônia da Marinha, que “com flores não se ganha guerra”.
Saiba Mais — Nada de flores
A seis dias do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em cerimônia da Marinha, que “com flores não se ganha guerra”.
Ele esteve na zona norte do Rio de Janeiro para uma homenagem a atletas militares que conquistaram medalha nas Olimpíadas de Tóquio. “Com flores não se ganha guerra. Se você fala de armamento...
Se você quer paz, se prepare para a guerra”, frisou, após mandar o boxeador Hebert Conceição, medalhista de ouro, “enfiar a porrada”.
Bolsonaro vem aumentando a retórica radicalizada de olho nas manifestações da semana que vem.
Ele disse que comparecerá aos atos de Brasília e São Paulo.
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