Vítima de acidente está na UTI, teve de amputar pernas e não recebeu suporte de empresa dona do ônibus, dizem familiares No sábado, ônibus t...
Vítima de acidente está na UTI, teve de amputar pernas e não recebeu suporte de empresa dona do ônibus, dizem familiares
No sábado, ônibus tombou na rodovia Oswaldo Cruz e deixou 6 mortos e 49 feridos.
A filha de Adriana Aparecida dos Santos informou que somente nesta segunda (15) a empresa do ônibus ofereceu diárias em hotéis para hospedar familiares que estão em Taubaté para acompanhar parentes internados.
Os familiares de uma das vítimas do acidente com um ônibus de turismo que tombou na rodovia Oswaldo Cruz em São Luiz do Paraitinga, interior paulista, no sábado (13) informaram que ela não está recebendo suporte da empresa responsável pelo veículo.
Adriana Aparecida dos Santos, de 42 anos, teve as duas pernas amputadas devido ao acidente e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taubaté.
"Minha mãe está bem, por milagre está bem e agora só quer viver. A empresa diz que está prestando auxílio, mas não tivemos nada ainda por parte deles.
Os familiares de uma das vítimas do acidente com um ônibus de turismo que tombou na rodovia Oswaldo Cruz em São Luiz do Paraitinga, interior paulista, no sábado (13) informaram que ela não está recebendo suporte da empresa responsável pelo veículo.
Adriana Aparecida dos Santos, de 42 anos, teve as duas pernas amputadas devido ao acidente e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taubaté.
"Minha mãe está bem, por milagre está bem e agora só quer viver. A empresa diz que está prestando auxílio, mas não tivemos nada ainda por parte deles.
Nem uma mensagem de apoio", afirma Bruna dos Santos, de 20 anos, filha de Adriana.
"Só nesta segunda (15) recebi uma ligação de um homem que informou que era um representante da empresa informando que ia pagar um hotel em Taubaté para os familiares das pessoas que estavam no ônibus", emenda Bruna.
Segundo os bombeiros, seis pessoas morreram, entre elas uma criança, filha do motorista do coletivo.
"Só nesta segunda (15) recebi uma ligação de um homem que informou que era um representante da empresa informando que ia pagar um hotel em Taubaté para os familiares das pessoas que estavam no ônibus", emenda Bruna.
Segundo os bombeiros, seis pessoas morreram, entre elas uma criança, filha do motorista do coletivo.
Outras 34 foram socorridas e encaminhadas para a Santa Casa de Ubatuba, no litoral paulista. Nove vítimas foram levadas para o Hospital Regional, em Taubaté, e outras seis foram para o pronto-socorro de São Luiz do Paraitinga.
O ônibus de turismo transportava 66 passageiros, além do motorista, quando, por volta das 7h, tombou no trecho de serra, na altura do quilômetro 76.

Oito dos 49 passageiros feridos em acidente na rodovia Oswaldo Cruz ainda estão internados; corpos das 6 vítimas foram enterrados na Grande São Paulo
Apoio para as vítimas
Por volta das 15h56 desta segunda, um funcionário da empresa de turismo ligou para Bruna e informou que foram fechadas diárias em hotéis da cidade para todos os familiares das vítimas que estão internadas em Taubaté.
"Isso depois de muita briga.
O ônibus de turismo transportava 66 passageiros, além do motorista, quando, por volta das 7h, tombou no trecho de serra, na altura do quilômetro 76.

Oito dos 49 passageiros feridos em acidente na rodovia Oswaldo Cruz ainda estão internados; corpos das 6 vítimas foram enterrados na Grande São Paulo
Apoio para as vítimas
Por volta das 15h56 desta segunda, um funcionário da empresa de turismo ligou para Bruna e informou que foram fechadas diárias em hotéis da cidade para todos os familiares das vítimas que estão internadas em Taubaté.
"Isso depois de muita briga.
Agora precisam arcar com todos os custos pós-acidente, a vida da minha mãe e de todos aqui irá mudar", completa.
A família reivindica que a empresa preste apoio emocional, financeiro e estrutural para a vítima.
"O pessoal da empresa nos informou que o motorista alugou o veículo por conta própria e [a empresa] não tem nada a ver com o acidente.
A família reivindica que a empresa preste apoio emocional, financeiro e estrutural para a vítima.
"O pessoal da empresa nos informou que o motorista alugou o veículo por conta própria e [a empresa] não tem nada a ver com o acidente.
Minha prima está internada, ainda está na UTI e está sem nenhum apoio.
Estamos aguardando ela sair da UTI para transferir para o [hospital do] convênio", disse Simone Eduardo, prima da vítima.
"A Adriana vai ter que mudar a vida, vai precisar de tudo para se reabilitar. Tudo isso tem custo, quem vai ser responsabilizado por isso? Ela tem convênio, mas estamos preocupados com tudo, inclusive o fator psicológico", completa.
O g1 procurou a Viação Arca, responsável pelo ônibus, mas, até a última atualização desta reportagem não teve retorno.
Anteriormente, a empresa havia informado que dará suporte às vítimas.
"A Adriana vai ter que mudar a vida, vai precisar de tudo para se reabilitar. Tudo isso tem custo, quem vai ser responsabilizado por isso? Ela tem convênio, mas estamos preocupados com tudo, inclusive o fator psicológico", completa.
O g1 procurou a Viação Arca, responsável pelo ônibus, mas, até a última atualização desta reportagem não teve retorno.
Anteriormente, a empresa havia informado que dará suporte às vítimas.
Disse ainda que "não há como precisar a causa do acidente, apenas após a conclusão do laudo da perícia científica".
O motorista Edson Santana Sabino, de 41 anos, que tinha alugado e pilotava o ônibus envolvido no acidente com seis mortos na Oswaldo Cruz (SP-125), afirma que tentou evitar uma colisão com outro veículo e tentou salvar os passageiros.
“Tentei salvar uma família vindo de frente comigo e acabei com a minha família e com meus amigos”, disse ele, que perdeu a filha de 8 anos no acidente.
A filha de Adriana informou que ela havia fechado a viagem diretamente com o motorista
O coletivo havia saído de São Paulo com destino a Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.
O motorista Edson Santana Sabino, de 41 anos, que tinha alugado e pilotava o ônibus envolvido no acidente com seis mortos na Oswaldo Cruz (SP-125), afirma que tentou evitar uma colisão com outro veículo e tentou salvar os passageiros.
“Tentei salvar uma família vindo de frente comigo e acabei com a minha família e com meus amigos”, disse ele, que perdeu a filha de 8 anos no acidente.
A filha de Adriana informou que ela havia fechado a viagem diretamente com o motorista
O coletivo havia saído de São Paulo com destino a Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.
No percurso, ele perdeu o controle depois de, segundo o motorista, tentar desviar de um veículo na contramão, quando o coletivo tombou.
O coletivo alugado por Edson era um ônibus de dois andares. De acordo com a Artesp, o veículo estava com a autorização, vistoria e licenças em dia.
O coletivo alugado por Edson era um ônibus de dois andares. De acordo com a Artesp, o veículo estava com a autorização, vistoria e licenças em dia.
Apesar disso, ele não poderia trafegar no trecho de serra da rodovia Oswaldo Cruz - a determinação que proíbe ônibus e caminhões no trecho é de 2014.
De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Edson voltava na rodovia no sentido Taubaté depois de ser abordado por uma equipe que o impediu de seguir viagem pela Oswaldo Cruz.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que o coletivo não tinha licença para viagens interestaduais e a suspeita é de que tenha ido por Ubatuba para burlar a fiscalização e seguir de forma irregular até Paraty.
Edson disse à polícia no local do acidente que não sabia que não era permitido o trânsito com ônibus na Oswaldo Cruz e que foi orientado pelo GPS a seguir pela via. No trecho de serra foi flagrado por agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que pediram que ele não seguisse viagem.
De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Edson voltava na rodovia no sentido Taubaté depois de ser abordado por uma equipe que o impediu de seguir viagem pela Oswaldo Cruz.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que o coletivo não tinha licença para viagens interestaduais e a suspeita é de que tenha ido por Ubatuba para burlar a fiscalização e seguir de forma irregular até Paraty.
Edson disse à polícia no local do acidente que não sabia que não era permitido o trânsito com ônibus na Oswaldo Cruz e que foi orientado pelo GPS a seguir pela via. No trecho de serra foi flagrado por agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que pediram que ele não seguisse viagem.
No retorno, perdeu o controle do veículo, que tombou.
A rodovia Oswaldo Cruz é restrita para o trânsito de coletivos e caminhões desde 2014, por causa do risco de acidentes. Há sinalizações na via que indicam que é proibido o trânsito no local.
Além disso, a dinâmica do acidente também é investigada pela polícia.
A rodovia Oswaldo Cruz é restrita para o trânsito de coletivos e caminhões desde 2014, por causa do risco de acidentes. Há sinalizações na via que indicam que é proibido o trânsito no local.
Além disso, a dinâmica do acidente também é investigada pela polícia.
No boletim de ocorrência consta que em depoimentos passageiros contaram que um veículo no sentido contrário teria feito uma ultrapassagem e invadido a pista em que o coletivo seguia.
O motorista tentou desviar, mas o ônibus tombou e a lateral atingiu uma mureta de concreto.
Ao g1, um dos passageiros contou que percebeu as manobras e que Edson teria tentado salvar o grupo de um acidente, mas o coletivo se desestabilizou e tombou.
O tacógrafo do coletivo foi apreendido pela polícia.
Ao g1, um dos passageiros contou que percebeu as manobras e que Edson teria tentado salvar o grupo de um acidente, mas o coletivo se desestabilizou e tombou.
O tacógrafo do coletivo foi apreendido pela polícia.
Os agentes não divulgaram qual a velocidade do ônibus no momento do acidente, mas informaram que o item vai para a perícia.
A Polícia Civil disse ainda que deve ouvir o motorista, mas que não colheu seu depoimento neste sábado (13) porque precisou ser sedado após saber da morte da filha.
Mortes no acidente
Vítimas de acidente com ônibus na Oswaldo Cruz são enterradas na Grande SP
A lista de mortos foi divulgava pela empresa responsável pelo coletivo no domingo (14). As seis vítimas são três homens, duas mulheres e uma criança: Felipe Ramiro dos Santos, de 24 anos; João dos Santos Leite, de 60 anos; Adimilson Ferreira dos Santos, de 41 anos; Solange Santana Novaes, a agente de saúde de 47 anos; Marizete Venâncio, que não teve a idade divulgada; e a filha do motorista, Ana Julia Sousa Santos, de 8 anos.
De acordo com a Polícia Civil, a filha do motorista e o corpo de Solange, que chegou a ser socorrida, tinham sido identificados ainda no dia do acidente.
Mortes no acidente

A lista de mortos foi divulgava pela empresa responsável pelo coletivo no domingo (14). As seis vítimas são três homens, duas mulheres e uma criança: Felipe Ramiro dos Santos, de 24 anos; João dos Santos Leite, de 60 anos; Adimilson Ferreira dos Santos, de 41 anos; Solange Santana Novaes, a agente de saúde de 47 anos; Marizete Venâncio, que não teve a idade divulgada; e a filha do motorista, Ana Julia Sousa Santos, de 8 anos.
De acordo com a Polícia Civil, a filha do motorista e o corpo de Solange, que chegou a ser socorrida, tinham sido identificados ainda no dia do acidente.
Os demais corpos seguiram sem identificação até a tarde de domingo devido à gravidade das lesões.
As demais vítimas foram enterradas nesta segunda-feira (15) na capital.
As demais vítimas foram enterradas nesta segunda-feira (15) na capital.
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