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O 13º e a esperança por dias melhores

Por Milena Câmara  Depois de um ano caótico para a economia, da maior inflação dos últimos 20 anos e de um vírus invisível ceifando vidas, e...


Por Milena Câmara 
Depois de um ano caótico para a economia, da maior inflação dos últimos 20 anos e de um vírus invisível ceifando vidas, estamos fechando 2021 um tanto cansados. Porém, sobrevivemos!
E alimentamos agora a esperança do início da retomada da economia com R$ 232 bilhões chegando nas mãos de 83 milhões de brasileiros. Esse é o montante que será injetado na economia com o pagamento do 13º salário.
As empresas têm até a próxima segunda-feira, dia 20 de dezembro, para depositar a segunda parcela do dinheiro aos seus funcionários.
É um alívio, um respiro para tantos brasileiros que tiveram um ano apertado, de contas vencidas a pagar, de perda de entes queridos, de dificuldades de toda ordem.
Uma pesquisa feita em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que, neste ano, a maioria dos brasileiros que têm direito ao 13º salário pretendem usar o dinheiro para comprar presentes de Natal (33%). Já 24% vão gastar nas comemorações de Natal ou ano novo.
Essa tendência marca um novo comportamento dos brasileiros, habituados a pagar primeiramente as dívidas com o dinheiro extra. No atual cenário pode ser considerado um reflexo do medo e da incerteza provocados pela COVID-19. Especialistas avaliam que a indefinição sobre o futuro causada pela pandemia teve um forte efeito psicológico, estimulando uma mudança de atitude.
Muitos que viviam apenas projetando e fazendo planos para o futuro começaram a valorizar mais o presente. Passaram a dar mais valor às pessoas próximas, passar mais tempo com a família, apreciar os bons momentos .
De forma geral, as pessoas estavam sempre ocupadas em ter coisas, acumular bens materiais. 
Agora, depois do coronavírus, o importante é ser feliz.
A pandemia nos alertou ainda mais sobre a necessidade de olhar o próximo, estender a mão, fazer algo prático para acabar com a desigualdade. Sobre a importância de conhecer os problemas das pessoas para combatê-los. Sobre a urgência de aprender a viver em comunidade, não só doando o que nos sobra, mas buscando preencher o que falta na vida do outro.

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