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Estudante de 44 anos vítima de deboche pela idade: “Não tem opção de desistir”

  Patrícia Linares disse que chorou ao ver vídeo com colegas de faculdade a hostilizando por causa da idade, mas que nem pensa em desistir P...

 

Patrícia Linares disse que chorou ao ver vídeo com colegas de faculdade a hostilizando por causa da idade, mas que nem pensa em desistir

Patrícia Linares completa 45 anos nesta terça-feira (14/3). E a idade é importante neste caso; afinal, foi por causa dela que a estudante de biomedicina em uma faculdade particular de Bauru (SP) se tornou vítima do etarismo, ao ser hostilizada por colegas de curso em vídeo que viralizou.

Nas imagens, três estudantes debocham do fato de Patrícia ter mais de 40 anos. “Gente, quiz do dia: como desmatricular uma colega de sala?”, pergunta uma delas no início do vídeo. Na sequência, outra menina responde: “Ela tem 40 anos. Já era para estar aposentada”.

Patrícia teve contato com o vídeo pouco antes de apresentar um trabalho. Já estava nervosa pela situação e, diante das imagens, não resistiu e chorou. Mas isso não foi o suficiente para acabar com o que a estudante chama de sonho.

“É um sonho de adolescência que nunca pude realizar, porque tive várias interrupções de estudo. E agora também não vou desistir, o sonho não morreu dentro de mim”, disse em entrevista ao portal G1. Por isso mesmo, na segunda-feira (13/3), Patrícia estava de volta à sala de aula, para continuar o primeiro ano do curso que começou em 27 de fevereiro.

Sem opção de desistir
Para ela, desistir não é uma opção. Afinal, ela não desistiu nem depois de um tombo durante a pandemia da Covid-19. Ela era dona de uma loja, mas a pandemia a obrigou a desistir. “Fui para casa e fiquei pensando o que eu poderia fazer para mudar minha história”, afirma. E, mesmo quase 30 anos depois de concluir o ensino médio, ela contou com o apoio do marido, da família e dos amigos para entrar na faculdade.

“Não tem essa opção desistir. Nem quando eu era vendedora, nunca desisti das minhas clientes, eu nunca desisti da minha vida. E muito menos pelo meu sonho”, define Patrícia, que decidiu pela biomedicina por causa da mãe, que era enfermeira.

Patrícia recebeu o apoio de outros amigos de curso. Recebeu até flores.

Crédito Metrópoles

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