Operação ocorre com 600 agentes após policial da Rota ser morto. Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Co...
Operação ocorre com 600 agentes após policial da Rota ser morto. Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Comissão de Direitos Humanos da OAB de SP fariam visitas às comunidades, mas abortaram após relatos de novas mortes.
Por g1 SP e TV Globo — São Paulo
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirma que "não param de chegar denúncias de mortes" durante a operação da Polícia Militar que começou na última sexta-feira (28) com 600 agentes e deixou 10 mortos, segundo a Segurança Pública do Estado de São Paulo. O número foi atualizado após mais duas mortes na tarde desta segunda-feira (31).
"Nós percebemos que os boletins de ocorrência estão muito mal redigidos, gerando realmente espaço para dúvidas em relação aos números de vítimas. Mas vamos nos debruçar sobre os registros.
Não param de chegar denúncias de mortes, mas estamos tomando todo cuidado possível para divulgar qualquer informação", afirmou o ouvidor Claudio Aparecido da Silva à TV Globo.
A ação, que foi chamada de "Escudo", se deu depois que o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos e que atuava nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na capital paulista, ser morto com um tiro no tórax enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade do litoral.
O suspeito Erickson David da Silva, apontado como responsável pelo disparo que matou Patrick, foi preso em São Paulo no domingo (30). Ele alega ser inocente (ver mais abaixo)./i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/k/C/kqSjb6STy10vxgVm4PAA/globo-canal-4-20230731-1959-frame-74668.jpeg)
Governo de SP nega que tenha havido excesso da polícia na operação que deixou mortos em Guarujá — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução.
Moradores do Guarujá, litoral de São Paulo, relataram ao g1 e nas redes sociais que a cidade vive "clima de terror".
"Tocaram o terror aqui no Guarujá e mataram um monte de inocentes. Mataram eles e depois perguntaram", relatou um morador.
"Minha mãe mora no Guarujá e disse que lá está um terror com helicópteros, carros de polícia.
Os caras lá na quebrada, onde moram conhecidos dela, estão andando armados deixando os moradores assustados", escreveu uma internauta no Twitter.
"Um policial da Rota foi morto no Guarujá. Antes de investigar para encontrar o criminoso e levá-lo à Justiça, um PM invade a favela Canta Galo para se vingar. Ameaça matar ao menos 60 moradores e
consumir o terror ao assassinar 10 pessoas", disse um morador.
Visitas adiadas
As equipes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Comissão de Direiros Humanos da OAB de SP abortaram as visitas que fariam nesta segunda-feira às comunidades onde houve registro de mortos para conversar com moradores e familiares dos suspeitos mortos.
O motivo seria o clima tenso os relatos de mais mortes nesta segunda-feira (31) ainda não confirmadas pelo estado.
O ouvidor Claudio Aparecido da Silva afirmou também que moradores do Guarujá relataram que policiais torturaram e mataram um homem e prometeram matar ao menos 60 pessoas em comunidades da cidade.
"A Polícia Militar, ao que nos consta, tem dito que os policiais tenham atuado com câmeras corporais. Diante disso, vamos pedir essas imagens para que nada fique escondido nisso tudo e a gente possa verificar, através das imagens, se houve ou não ilegalidades nas ações da polícia naquele território", completou.



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