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Dois “Zés” e duas medidas

Por Luciano Lima Realmente tenho dificuldade em ter comportamento de manada e quando escrevo uso uma primícia que me foi ensinada por um jor...



Por Luciano Lima

Realmente tenho dificuldade em ter comportamento de manada e quando escrevo uso uma primícia que me foi ensinada por um jornalista que eu gostava muito, chamado TT Catalão: “Pode até não mudar a situação, mas altera sua disposição”. Vamos ao que interessa.

A notícia de que o ministro do STF Gilmar Mendes anulou condenações do ex-ministro José Dirceu, “Zé” Dirceu para os íntimos, no âmbito da Operação Lava Jato, me fez lembrar de outro “Zé”, o ex-governador do DF José Roberto Arruda, que acabou de ser, mais uma vez, condenado, desta vez pela 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal dentro dos desdobramentos da Operação Caixa de Pandora.

Segundo a decisão, “Zé” Arruda, teve seus direitos políticos suspensos por mais 12 anos. Vale lembrar que o ex-governador está há 14 anos inelegível. Arruda vai cumprir “pena” perpétua?

Outro detalhe que me salta aos olhos e me deixa confuso foi a fato da Justiça Eleitoral do DF ter anulado a validade de todos os vídeos do delator Durval Barbosa. Ou seja, as provas foram consideradas nulas. Em qual justiça podemos acreditar? Não há comunicação entre as diferentes instâncias da justiça?

Não quero neste texto dizer quem é culpado ou inocente. Mas, no entanto, não tenho dúvida que são dois “Zés” e duas medidas. O ministro Gilmar Mendes poderia ter pelo menos esperado “esfriar” a notícia da condenação do “Zé” Arruda antes de “anistiar” o “Zé” Dirceu. A gente perde o “amigo”, mas a “piada”, nunca!

O Brasil realmente não é para amadores.

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista


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