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Casa de Chá celebra um ano como café-escola e se firma como ponto de encontro entre memória, arquitetura e afeto

  Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line Localizada no coração da Praça dos Três Poderes, a Casa de Chá completa um ano desde sua re...

 

Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line

Localizada no coração da Praça dos Três Poderes, a Casa de Chá completa um ano desde sua reabertura como café-escola do Senac, consolidando-se como um espaço que une história, gastronomia e formação profissional. Com mais de 155 mil visitantes desde junho de 2024, o local tornou-se símbolo do reencontro de Brasília com seu passado modernista — uma fusão do traço icônico de Oscar Niemeyer com o calor humano dos candangos que ergueram a capital.

A comemoração pelo aniversário foi marcada nesta quinta-feira (26) com programação especial que exaltou a memória dos pioneiros e valorizou o patrimônio cultural da cidade. Um dos destaques foi a estreia do documentário Brasília 65 anos — Do sonho ao concreto: heróis anônimos, produzido pelo Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). A obra resgata, por meio de registros raros, os bastidores da construção de Brasília, com foco nos trabalhadores anônimos que deram vida ao projeto ousado de Lucio Costa e Niemeyer.

“A capital é resultado da genialidade de seus idealizadores, mas se mantém viva graças à dedicação de milhares de trabalhadores”, destacou o superintendente do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), Adalberto Scigliano. A exibição do documentário terá sequência nesta sexta (27), com sessões exclusivas para alunos do Senac, e no sábado, aberta ao público.

A celebração também inclui a mostra Entre o traço e o tempo, que reúne documentos e imagens inéditas de Oscar Niemeyer, entre eles as plantas originais da própria Casa de Chá. A exposição, que segue aberta até 10 de julho, permite ao visitante conhecer de perto detalhes da concepção arquitetônica do espaço.

Fruto de parceria entre o Governo do Distrito Federal e o Sistema Fecomércio, por meio do Senac, o renascimento da Casa de Chá transformou um monumento adormecido em um ponto de encontro entre educação, cultura e hospitalidade. “É uma valorização do nosso patrimônio material e imaterial, além de reforçar o papel de Brasília como destino turístico e polo gastronômico”, afirmou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo.

Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line

Durante o evento, o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido, celebrou o sucesso do projeto com um discurso em tom poético, destacando a importância da união entre poder público, setor produtivo e sociedade civil. “A Casa de Chá é exemplo de que quando Brasília caminha unida, quem ganha é o povo”, declarou.

Foto: Francisco Gelielçon / Estrutural On-line

O diretor regional do Senac-DF, Vitor Correa, também ressaltou o caráter coletivo da iniciativa. “Este é um espaço vivo, feito com carinho e pertencente a todos que amam Brasília. Um lugar onde se aprende, se compartilha e se celebra”, disse.

Aberta de quarta a domingo, das 10h30 às 19h30, a Casa de Chá oferece pratos inspirados nos sabores do cerrado e conta com um Centro de Atendimento ao Turista. Mais do que um café, é um convite à contemplação — onde a arte de servir se encontra com a história da capital.

Entre concreto, curvas e memórias, a Casa de Chá reafirma seu papel como ponto de afeto e resistência cultural. Um espaço onde Brasília se reconhece não só em sua arquitetura, mas em suas lembranças e na beleza de seus reencontros.

Da redação Estrutural On-line

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