Brasil vai chegar a mais de 3 milhões de unidades habitacionais até o final de 2026, diz Jader Filho Em entrevista à Voz do Brasil desta seg...
Brasil vai chegar a mais de 3 milhões de unidades habitacionais até o final de 2026, diz Jader Filho
Em entrevista à Voz do Brasil desta segunda (22), o ministro das Cidades comentou a queda do déficit habitacional alcançado pelo Governo Federal em 2023

Aescom/MCID
A quantidade de famílias sem um imóvel próprio para morar no Brasil caiu para o menor patamar da história em 2023. O chamado déficit habitacional relativo passou de 10,2% para 7,6% entre 2009, ano da criação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), em 2023, quando essa política habitacional foi retomada. Os dados são da Fundação João Pinheiro (FJP), que produziu pesquisa recente para o Ministério das Cidades.
Em entrevista à Voz do Brasil, desta segunda-feira (22/9), o ministro das Cidades, Jader Filho, comentou sobre a meta de continuar superando as entregas de moradia aos brasileiros. "Já foram mais de oito milhões de unidades habitacionais, moradias que foram entregues pra população do País. E, desde a sua retomada, só no ano de 2023, nós fizemos a contratação de 491 mil unidades habitacionais. Quando foi já no ano de 2024, nós batemos o recorde novamente, superando, chegamos a mais de 605 mil unidades habitacionais", detalhou Jader Filho.
Nós queremos chegar ao final desse ano com a meta que o presidente Lula estabeleceu de 2 milhões de unidades habitacionais contratadas em quatro anos, nós vamos antecipar essa meta em um ano e vamos chegar a 2 milhões de unidades habitacionais já em dezembro deste ano. Queremos superar em mais de 50% a meta, chegando a mais de 3 milhões de unidades habitacionais até o final do ano de 2026", afirmou o ministro.
Leia a entrevista completa:
Vamos então começar explicando pros nossos ouvintes o que que é o déficit habitacional e quais são as regiões que conseguiram mais reduzir esse tipo de desigualdade.
Primeiro, Mariana, acho que é importante nós historiarmos esse programa. Esse programa foi lançado em 2009 pelo presidente Lula. Ele, o presidente, vem ao longo dos anos fazendo com que esse programa reduza o déficit habitacional, que é uma dívida, né, que o país tem com a sua população.
Já foram mais de oito milhões de unidades habitacionais, moradias que foram entregues pra população do país, e desde a sua retomada, quando nós recriamos o programa, é bom lembrar que o programa havia sido extinto, né, em 2023, quando nós relançamos o programa, mudamos diversas características, como, por exemplo, a localização das unidades habitacionais, agora as casas têm que ser perto das escolas, perto do posto de saúde, perto da creche, tem que atender melhor a nossa sociedade, e nós avançamos bastante, né.
Só no ano de 2023, a que se refere este dado, Luciano e Mariana, nós fizemos a contratação de 491 mil unidades habitacionais. Quando foi já no ano de 2024, nós batemos o recorde novamente, superando, chegamos a mais de 605 mil unidades habitacionais, e nós queremos chegar ao final desse ano com a meta que o presidente Lula estabeleceu de dois milhões de unidades habitacionais contratadas em quatro anos, nós vamos antecipar essa meta em um ano e vamos chegar a dois milhões de unidades habitacionais já em dezembro deste ano, e queremos superar em mais de 50% a meta, chegando a mais de três milhões de unidades habitacionais até o final do ano de 2026.
Ministro, qual é o impacto do programa Minha Casa Minha Vida para a redução desse déficit?
Ele é fundamental, porque nós temos hoje diversas maneiras onde o déficit pela Fundação João Pinheiro, pelo IBGE, é estabelecido, Luciano, porque você pode ter a inadequação habitacional, ou você pode ter o aluguel excessivo. O que nós temos feito é criado modalidades para que o Minha Casa, Minha Vida atenda a diversos grupos familiares, desde as famílias do faixa 1, que são aquelas famílias que ganham até R$ 2.850, ao classe média, que nós criamos agora no terceiro mandato do presidente Lula, que atende as famílias que vão de R$ 9.600 até R$ 12.000. Com isso, a gente amplia o número de famílias atendidas pelo programa.
O programa, que é muito importante frisar, Mariana e Luciano, que o programa no ano passado foi responsável por 53%. 53% de todos os lançamentos imobiliários do Brasil foram lançamentos do Minha Casa Minha Vida.
Para vocês terem uma ideia, saiu essa semana uma matéria na Folha de São Paulo que apontava que só na cidade de São Paulo o programa é responsável por 60% de todas as vendas, perdão, todos os financiamentos de imóveis no município de São Paulo são do Minha Casa Minha Vida. Com isso, a gente reduz o déficit habitacional e ajuda as famílias brasileiras.
Pois é, ministro. Inclusive, desde que o programa foi retomado em 2023, ele veio com novas medidas justamente para facilitar o acesso, para facilitar o financiamento, mas também para melhorar a qualidade das casas. É mais do que simplesmente garantir uma casa, mas dar uma casa com dignidade. O senhor pode falar um pouco mais sobre essas medidas? O que mudou no Minha Casa Minha Vida a partir de 2023?
Primeiro, Mariana, nós mudamos as especificações, como eu havia dito para você. Nós melhoramos as unidades habitacionais, ampliamos hoje o tamanho mínimo dos imóveis. São 41,5 metros quadrados. Agora todos os imóveis do Minha Casa Minha Vida, todas as casas e apartamentos do Minha Casa Minha Vida têm que ter varanda. Também agora todos os empreendimentos têm que ter biblioteca, têm que ter área de lazer, têm que ter um parquinho para as crianças, academia. Até a possibilidade, se a comunidade entender assim, Mariana, por exemplo, pode ter até o espaço pet para que a gente possa cuidar dos animais dentro do Minha Casa Minha Vida.
Com isso a gente amplia, humaniza, trazendo obviamente mais áreas verdes para dentro dos empreendimentos. Mas eu acho que o ponto mais importante, Mariana, é a quantidade. Agora não é mais permitido aquelas quantidades enormes que tinham antigamente dentro do Minha Casa Minha Vida.
Agora o limite é de 750 unidades. Por quê? Porque com isso a gente dá o sentido de pertencimento e aí a comunidade cuida melhor. Como a gente já tem uma curva de aprendizado importante dentro do programa, a gente fez as alterações e melhoramos ainda mais esse programa, que é um programa das famílias brasileiras.
Ministro, o senhor falou sobre as metas, ampliação dessas metas até 2026. Ainda há espaço para ampliação do programa Minha Casa Minha Vida?
O presidente Lula deve, nas próximas semanas, lançar um novo programa de melhoria habitacional, que é outra necessidade importante que os brasileiros têm. O presidente Lula está muito preocupado com isso, para atender aquela família que quer financiar, para poder ter, construir um banheiro novo na sua casa, construir um novo cômodo, reformar o telhado, reformar a casa e, com isso, ela poder atender melhor as necessidades que as famílias vão crescendo, Luciano.
E, obviamente, a gente precisa dar alternativas, uma alternativa barata, para que o povo brasileiro possa fazer as melhorias necessárias dentro da casa onde elas moram. E a gente, o presidente Lula, deve anunciar isso aí nas próximas semanas.
Pois é, ministro. É um programa que vai tratar basicamente de reforma. Então, assim, a gente tem o Minha Casa Minha Vida falando de novos empreendimentos. A gente tem também já uma vertente do Minha Casa Minha Vida para comprar imóveis usados em situações emergenciais, como a do Rio Grande do Sul. E agora a gente vai ter, então, um novo braço, vamos dizer assim, do programa, que é para reforma das residências. É isso?
Exato, Mariana. A gente tem agora para reforma.
Você também precisa lembrar que tem o Minha Casa Minha Vida Rural, que é para atender as famílias da zona rural, os extrativistas, quilombolas, os indígenas, os pescadores também são atendidos pelo Minha Casa Minha Vida, que tem avançado bastante nessas unidades. Várias dessas unidades, Mariana e Luciano, já estão sendo entregues aí pelo Brasil, atendendo as famílias. Outro que foi importante foi a criação do Minha Casa, Minha Vida Compra Assistida, que foi aplicado fortemente no Rio Grande do Sul, onde nós já entregamos mais de 6.500 moradias para aquelas famílias que perderam as suas casas, enfim, naquele evento climático extremo que aconteceu, aquela enxurrada que seifou vidas e deixou muitas famílias sem um lar para morar.
Compromisso que o presidente Lula estabeleceu e nós já entregamos mais de 6.500 moradias. Outro tema também importante é que a gente está levando esse programa do Compra Assistida para outras situações no Brasil, como é o caso, por exemplo, da favela do Moinho, em São Paulo, que nós estamos aplicando esta mesma solução. Com isso, o Minha Casa Minha Vida vai se adaptando, com essa novidade, Luciano, que é o Minha Casa Minha Vida Classe Média.
Hoje, com a ausência de recursos por conta da taxa de juros que está muito elevada, com a ausência de recursos na poupança, hoje as famílias de classe média têm dificuldade de conseguir ter o seu financiamento. E com essa sensibilidade, o Governo Federal criou mais uma linha dentro do Minha Casa Minha Vida que é para atender as famílias de classe média que conseguem ter com os juros de 10,5% ao ano, conseguem financiar imóveis até 500 mil reais.
Agência Gov
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