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Políticos Veteranos em acusações de corrupção na política brasiliense tentam um retorno à cena. Liderados pelo ex-senador Gim Argello e pelo ex-governador José Roberto Arruda, ambos com passagens pela prisão e condenações por corrupção, o grupo apelidado de “República dos Condenados” começa a se movimentar com vistas às eleições de 2026, como se os escândalos do passado não tivessem deixado marcas.
Entre os integrantes dessa reconfiguração política estão ainda Agnelo Queiroz, implicado no superfaturamento de R$ 1,4 bilhão na obra do Estádio Mané Garrincha, e Júnior Brunelli, tristemente lembrado pela chamada "Oração da Propina", agradecendo dinheiro ilícito recebido em esquemas corruptos sob o disfarce de uma bênção.
Gim Argello, conhecido entre empreiteiros pelo codinome “Alcoólico”, em alusão à bebida destilada que leva seu nome, foi condenado em 2016 a 19 anos de prisão por aceitar R$ 7,35 milhões em propinas de empreiteiras como a UTC e a OAS, em troca de proteção a executivos na CPI da Petrobras. Cumpriu três anos antes de ter sua sentença anulada pelo STJ em 2022, e, dois anos depois, recuperou a elegibilidade. Agora, o controverso político ensaia uma volta às urnas como parte de seu plano de retomar protagonismo na política local.
Por sua vez, José Roberto Arruda, que caiu em desgraça no caso notório do “Mensalão do DEM” em 2010 — onde vídeos o mostravam recebendo dinheiro sujo — também acena com um possível retorno às disputas eleitorais. Punido pelo escândalo da Caixa de Pandora, que desviou cerca de R$ 50 milhões dos cofres públicos, Arruda resgata o discurso de "gestão eficiente" para atrair eleitores.
Já Agnelo Queiroz tenta recuperar espaço político após condenação por improbidade administrativa no superfaturamento exorbitante do Mané Garrincha. Entre os planos está uma candidatura a deputado federal. Paralelamente, Júnior Brunelli, lembrado pela oração que virou símbolo da corrupção no DF em 2009, quer novamente se posicionar para brigar por uma vaga na Câmara Legislativa.
O cenário deixa um questionamento em aberto: até que ponto o eleitorado do Distrito Federal será complacente ou terá esquecido os episódios que comprometeram a integridade política da capital? As eleições de 2026 poderão ser um teste à percepção e memória dos eleitores em relação a figuras historicamente associadas aos maiores escândalos da região.
Da redação do Portal de Notícias

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