Page Nav

HIDE

Dia do Pão: padaria fatura R$ 2,4 milhões por ano com receitas que duram até 10 dias

  Pão de sal, cacetinho ou pão francês — Foto: Divulgação No Dia Mundial do Pão, celebrado nesta quinta-feira (16), conheça a história de um...

 

Pão de sal, cacetinho ou pão francês — Foto: Divulgação
No Dia Mundial do Pão, celebrado nesta quinta-feira (16), conheça a história de um casal que fez da panificação o ingrediente principal de um negócio milionário.

Em uma movimentada região de São Paulo, uma padaria tem se destacado pela combinação entre tradição, inovação e gestão eficiente.

Com faturamento anual de R$ 2,4 milhões, o negócio comandado por Girlane Tavares e Edvilson Santos é resultado de uma trajetória construída com conhecimento técnico, decisões estratégicas e envolvimento direto dos proprietários em todas as etapas da operação.

A padaria produz semanalmente cerca de 1.200 kg de pão francês — o produto mais vendido — e outros 250 kg de pães variados.

Apesar de simples na composição, o pão francês exige precisão no preparo. Temperatura ambiente, tempo de batida e fermentação são fatores que influenciam diretamente na textura e na crocância.

“Um minuto a mais de batida já altera o resultado”, explica Edvilson, que acompanha pessoalmente o processo.

A padronização é levada a sério. A equipe é treinada para seguir procedimentos rigorosos, e os donos fazem questão de participar da produção.

“O proprietário precisa estar presente, inclusive na operação. Se a demanda está na copa, eu estou lá. Se é no balcão, também”, afirma.

Edvilson cresceu em Pernambuco, onde o pão francês era considerado um item de luxo. A entrada no ramo da panificação veio por influência da cunhada, que sonhava em ter uma padaria. A primeira sociedade durou 12 anos, até que Girlane comprou a parte do cunhado. Desde então, ela e Edvilson passaram a tocar o negócio juntos.

A atual padaria nasceu de um investimento de R$ 200 mil. No início, não havia equipe formada nem clientela. O crescimento foi gradual, com foco em ajustes internos antes de qualquer divulgação.

Uma das decisões mais impactantes foi a compra de um estacionamento ao lado da padaria, com sete vagas. A medida aumentou significativamente o fluxo de clientes.

Padaria com ticket médio baixo precisa de volume. Sem gente dentro, não prospera”, afirma Edvilson.

A fidelização também é resultado da constância na qualidade dos produtos. Alguns clientes frequentam o local mais de uma vez por dia, como Valdemiro Junior, que passa pela padaria pela manhã, no almoço e no fim da tarde.

Entre as melhorias técnicas implementadas, está o desenvolvimento de receitas que aumentam a durabilidade dos pães embalados.

Pães como brioche, australiano e de hambúrguer podem durar até dez dias, graças ao uso de enzimas no lugar de conservantes. “Sem enzima, duram no máximo cinco dias”, explica Edvilson.

A experiência acumulada levou à criação de uma nova empresa, ainda em fase de legalização, voltada para o fornecimento de produtos de panificação a outras padarias, mercados e indústrias. A iniciativa inclui pré-misturas para pão de queijo e donuts, desenvolvidas desde o início da pandemia.

A capacitação é parte essencial da rotina. Os proprietários participam de cursos e incentivam os colaboradores a fazerem o mesmo.

“Quem quer prosperar com padaria precisa estudar, trabalhar muito e saber lidar com a equipe e com os clientes”, resume Girlane.

Por Pegn — São Paulo

Nenhum comentário