Divulgação/IgesDF Falta de atividade física já causa 5 milhões de mortes por ano e pode atingir 35% da população mundial até 2030, segund...
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Divulgação/IgesDF
Falta de atividade física já causa 5 milhões de mortes por ano e pode atingir 35% da população mundial até 2030, segundo a OMS
O sedentarismo já atinge cerca de 1,8 bilhão de pessoas no mundo e ameaça se tornar uma das maiore crises globais de saúde nas próximas décadas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de indivíduos que vivem abaixo do mínimo recomendado de atividade física deve crescer e alcançar 35% da população mundial até 2030, aumentando os riscos de infarto, derrame, obesidade e câncer.
A OMS estima que o sedentarismo seja responsável por 5 milhões de mortes anuais, resultado direto da falta de movimento e de hábitos saudáveis. Quase 500 milhões de pessoas podem desenvolver doenças graves até o fim da década caso o quadro não seja revertido.
No Brasil, o cenário é alarmante. O país é considerado o mais sedentário da América Latina e o quinto no mundo, com cerca de 300 mil mortes por ano relacionadas à inatividade física. Segundo o IBGE, 47% dos adultos brasileiros não praticam exercícios, e entre os jovens, o índice chega a 84%.
A cardiologista Alexandra Mesquita, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), alerta que o problema já pode ser classificado como uma epidemia moderna.
“O sedentarismo eleva o risco de doenças cardiovasculares tanto quanto fatores clássicos como a hipertensão e a obesidade”, explica a especialista.
Entre os fatores que alimentam o problema estão o uso excessivo de telas, a rotina de trabalho digital e o tempo prolongado sentado, o que também afeta o sono e o controle da pressão arterial. “A tecnologia trouxe inúmeros benefícios, mas também intensificou o sedentarismo. Precisamos contrabalançar isso com escolhas mais ativas no dia a dia”, reforça a médica.
A OMS recomenda ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos por semana. No entanto, pequenas mudanças já fazem diferença significativa para a saúde.
“Não é preciso ser atleta para proteger o coração. Subir escadas, caminhar ao ar livre, pedalar, nadar, dançar e reduzir o tempo sentado já ajudam na saúde física e mental”, orienta Alexandra Mesquita.
A especialista destaca a importância de campanhas de conscientização e mudanças de comportamento para conter o avanço do sedentarismo. “Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas pequenas atitudes diárias podem transformar a saúde de toda uma geração”, conclui.
Dicas para combater o sedentarismo:
Prefira escadas em vez de elevadores. Faça pausas no trabalho: levante-se a cada hora e caminhe alguns minutos. Reduza o tempo de tela e evite longos períodos sentado. Sempre que possível, substitua o carro por caminhada ou bicicleta em trajetos curtos.
Com informações de Agência Brasília e Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) |
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