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Cantor Roberto Carlos admite publicação de biografias não autorizadas

Cantor Roberto Carlos admite publicação de biografias não autorizadas O artista, protagonista do caso mais polêmico de censura dos livros, ...

Cantor Roberto Carlos admite publicação de biografias não autorizadas O artista, protagonista do caso mais polêmico de censura dos livros, não libera a obra sobre ele embargada pela Justiça - e pede "proteção" à privacidade



"O biógrafo não cria uma história, faz um trabalho e narra uma história que não é dele. É do biografado", diz Roberto Carlos, cantor e compositor
Personagem de um dos casos mais emblemáticos da polêmica exigência de autorização prévia para publicação de biografias, o cantor Roberto Carlos - que, em 2007, conseguiu tirar de circulação um livro sobre sua vida - rebateu as críticas ao posicionamento que tem tomado com relação ao tema. Com uma postura mais flexível, o cantor disse, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, ser favorável à liberação da obra, mas argumentou que o ideal seria biógrafo e biografado conversarem para buscar um acordo em torno da publicação. Em entrevista ao Correio, o historiador e jornalista Paulo Cesar de Araújo, autor de Roberto Carlos em detalhes, disse que essa controvérsia sobre as biografias vai acabar com a vitória da liberdade de expressão. “O que eu vejo, no futuro, são muitos biógrafos e novas obras.”

Araújo defende que o artista que pauta a vida pelo estrelato, que procura capas de revistas, sucesso e exposição na mídia tem direito menor à privacidade, não pode reclamar justamente porque decidiu expor a própria vida. O jornalista, que ainda escreve sobre o ídolo, luta na Justiça para que a obra censurada retorne às prateleiras das livrarias.

Apesar de ter apresentado uma opinião positiva sobre as biografias sem autorização prévia, Roberto Carlos defendeu uma saída para o impasse “sem ferir a liberdade de expressão” nem “violar a privacidade”. A ideia vai ao encontro de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, que o cantor disse apoiar. Para Roberto Carlos, o Código Civil pode mudar “desde que o jurista realmente estude muito bem e estabeleça algumas regras que não prejudiquem o biografado”. “Sem autorização, com certos ajustes, tem que se discutir para que a lei não venha a prejudicar nem um lado nem outro.”

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