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Joe Valle tem até 1º de maio para decidir candidatura, pressiona PDT

Joe Valle tem até 1º de maio para decidir candidatura, pressiona PDT Presidente do PDT, Carlos Lupi quer convencer distrital a disputar G...


Joe Valle tem até 1º de maio para decidir candidatura, pressiona PDT
Presidente do PDT, Carlos Lupi quer convencer distrital a disputar GDF para garantir palanque para Ciro Gomes. Mas deputado resiste à ideia
O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, deu prazo até o feriado de 1º de maio para que o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Joe Valle, decida qual cargo pretende disputar nas eleições de outubro.
A escolha da data, o Dia do Trabalhador, não é mera questão poética. O partido corre contra o tempo para formatar o palanque que receberá o presidenciável da sigla, Ciro Gomes, na campanha eleitoral.
Joe Valle chegou a ser lançado pela legenda como pré-candidato ao Palácio do Buriti, mas foi recuando dias após o anúncio. Desde então, o distrital passou a defender que o partido integrasse a composição em torno da pré-candidatura de Jofran Frejat (PR) ao Governo do Distrito Federal (GDF).
Integrantes do PDT, contudo, resistem a essa aliança, apesar de realçarem as qualidades do ex-secretário de Saúde do DF e esperarem que o presidente da Câmara Legislativa se convença a concorrer ao GDF.
Mas o próprio deputado diz que essa hipótese está descartada. “Para mim, é questão ‘pessoalmente’ superada. Digo isso porque, pessoalmente, não existe a possibilidade dessa candidatura”, afirmou ao Metrópoles.
O chefe do Poder Legislativo local ressalvou, no entanto, a importância de o presidente nacional da sigla pacificar a questão internamente. Joe Valle acredita que Lupi achará uma solução conciliadora rapidamente. “Ele tem um papel importantíssimo nesse processo, com o aconselhamento e orientações necessários. Chegaremos a um formato bom para todos”, aposta o distrital.
Apesar da postura de Joe Valle, o presidente do PDT mantém esperança de que o deputado mude de ideia. “O partido o quer como candidato a governador. Ele tem dúvidas se sai governador ou senador, por isso voltaremos a nos reunir no dia 1º para analisar o quadro político. Ainda assim, a palavra final será dele”, destaca Lupi.
Com Joe, mas sem Frejat
Caso Joe não mude de ideia e insista no apoio a Frejat, a situação pode causar rusgas internas. O deputado distrital Reginaldo Veras é um dos pedetistas que é contrário à “grande chapa”.
Ao Metrópoles, o parlamentar afirmou que a composição fugiria do campo ideológico original do PDT. “Sou um homem de partido. É claro que, se a decisão da maioria for por esse caminho, a seguirei. Mas, internamente, não votarei por essa aliança”, informou.
O presidente regional da sigla, Georges Michel, já afirmou à reportagem ter ressalvas em seguir de mãos dadas com partidos considerados de direita e centro-direita. “Gosto do Frejat, é um homem íntegro. Mas não posso permitir que o PDT, com toda a sua história, reúna-se com coligados que representam o que há de pior na política do Distrito Federal”, disse.
Sem tanto radicalismo, o recém-filiado ao partido, deputado distrital Cláudio Abrantes, afirma que seguirá o caminho definido pela maioria, mas não vê impedimentos maiores em apoiar o nome de Frejat ao Buriti, apesar de alguns integrantes da aliança terem problemas com a Justiça. “Eu não vejo a aliança como uma barreira intransponível. Ele [Frejat] tem muitas qualidades. É um político íntegro e respeitado por todos na cidade, inclusive por mim”, declarou.
Sobre a indefinição de Joe Valle, o colega parlamentar acredita que o presidente do Legislativo ainda está em tempo de decidir o rumo da vida pública. “Ele deve estar avaliando todas as possibilidades. É uma pessoa responsável, comprometida e, com certeza, escolherá o caminho que entende ser o melhor para Brasília”.
A depender do resultado, o PDT no Distrito Federal passará a ter que construir outra candidatura ao Palácio do Buriti. A estratégia será não dividir palanques entre dois candidatos apoiados pela possível aliança.
No caso do partido de Joe, o receio é ter que defender candidaturas presidenciais – como, por exemplo, a do deputado Jair Bolsonaro (PSL). Hoje, o PR de Frejat é o mais cotado a assumir como vice a chapa majoritária do militar da reserva.
Falta de espaço
Além do desejo pessoal do presidente da CLDF de apoiar a candidatura de Frejat, integrantes da aliança do republicano começam a antever problemas caso a composição com o PDT seja oficializada.
Lideranças avaliam que, se Joe Valle concorrer ao Senado, desalojaria alguém do grupo. A chapa pretende lançar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) e o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP) ao Senado. Com pendências na Justiça, no entanto, o progressista pode correr o risco de não ter o registro aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
Além das questões ideológicas, aliados de Joe Valle avaliam ser arriscado colocar todo o partido para aguardar a definição da candidatura de Paulo Octávio para saber se o PDT poderá ou não integrar a base de apoio a Frejat, com Joe testando o nome ao Senado.

“Esse é um processo natural de decisão. Todo mundo está conversando com todo mundo. O partido já se colocou, já conversou com o Frejat e, agora, todos buscamos um caminho que seja consenso entre todos”, minimizou Joe Valle.

Colaborou Suzano Almeida

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