Antes de anunciar decisão, Rosso quer validar propostas com aliados Segundo nota divulgada pelo deputado federal, conversa será feita dur...
Antes de anunciar decisão, Rosso quer validar propostas com aliados
Segundo nota divulgada pelo deputado federal, conversa será feita durante o fim de semana e só depois dirá se será candidato ao Buriti
Antes de anunciar decisão, Rosso quer validar propostas com aliados
Segundo nota divulgada pelo deputado federal, conversa será feita durante o fim de semana e só depois dirá se será candidato ao Buriti
O deputado federal Rogério Rosso (PSD) quer validar propostas que considera prioritárias antes de anunciar se aceita concorrer ao Governo do Distrito Federal (GDF) pela terceira via. A conversa com apoiadores, que hoje reúne seis siglas, ocorrerá durante o fim de semana. A expectativa é que apenas na segunda-feira (23) ele torne oficial seu posicionamento sobre a indicação recebida para ser o cabeça de chapa pela coalizão.
Na quinta-feira (19), o senador Cristovam Buarque (PPS), articulador do grupo, divulgou a escolha de Rosso para liderar a disputa pelo Palácio do Buriti. Até então, Izalci Lucas (PSDB) era o postulante ao GDF. O nome do presidente regional do PSD teria sido defendido por PRB, PSD, PPS e PSC. Já PSDB e DC mantiveram apoio a Izalci Lucas.
Conforme a nota divulgada por Rosso na noite desta sexta-feira (20), entre os assuntos a serem discutidos com as legendas aliadas está a qualidade dos serviços públicos nas áreas de saúde, segurança, educação, transporte, cultura e meio ambiente. Além do crescimento e recuperação econômica, desenvolvimento social e fortalecimento da cidadania.
O político quer ainda tratar sobre a retomada da gestão pública do Hospital de Base, com a extinção do instituto criado pelo atual chefe do Executivo local, Rodrigo Rollemberg (PSB). “Entendo que esses pontos devem ser discutidos e validados com nossa coligação para a tomada de minha decisão pessoal”, disse ao final da nota.
Confira a íntegra do texto:
Nota Oficial de Rosso (PSD/DF)
Brasília, 20 de julho de 2018
Informo que antes de tomar minha decisão a respeito do honroso convite da nossa coligação para representá-la como pré-candidato ao governo do DF, apresentarei, nesse final de semana, ao conjunto de partidos da nossa aliança, os aspectos e temas que considero pessoalmente imperiosos a serem validados como prioridades ao planejamento de ações e medidas, que visam resgatar o DF do desmando que se encontra, ao tempo de oferecer à toda população serviços públicos de qualidade nas áreas de saúde, segurança, educação, transportes, cultura, moradia, meio ambiente, além do crescimento e recuperação econômica, desenvolvimento com justiça social, fortalecimento da cidadania, mais inovação, oportunidades de emprego, renda, formação de um ambiente voltado ao empreendedorismo e conhecimento, com responsabilidade fiscal.
A extinção do Instituto Hospital de Base retornando para gestão pública plena – com inovação tecnológica; devolução dos impostos sobre medicamentos de uso contínuo por meio do Nota Legal; valorizar o servidor público civil e militar; implantação de regime disciplinar específico/próprio na PM em substituição ao RDE; criação do plano de saúde dos servidores civis e militares; simplificar e reduzir a burocracia do Estado; reabertura de delegacias; estimular e apoiar o setor produtivo; revitalização por completo das praças de esportes, estádios e centros olímpicos; descentralizar a gestão pública distrital com mais autonomia para as regiões administrativas para melhoria na infraestrutura; impedir arbitrariedades e abusos do poder público; promover o diálogo permanente com a sociedade; reduzir impostos do contribuinte; fiscalizar tecnicamente e não politicamente; promover e expandir o ensino superior gratuito em todas as cidades; estimular compras governamentais apenas de produtos e empresas instaladas no DF; regularizar cidades, áreas de desenvolvimento econômico e condomínios em definitivo; criar novas áreas habitacionais planejadas no DF; equipar e motivar as forças policiais; equiparar os salários dos policiais civis com a Polícia Federal; remunerar e valorizar a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar com remuneração e benefícios para que essas corporações voltem a ser a de maior remuneração nacional por se tratar da capital federal; criar a cidade do servidor; implantar a cidade-polo de Saúde – referência em alta complexidade e tecnologia; desenvolver o setor industrial, comercial, serviços e rural com crédito e ações integradas, desenvolvimento da Região Metropolitana e harmonização da legislação de ordenamento territorial da Ride, política especial para juventude; cidades com melhor acessibilidade; parceria com a iniciativa privada; integração dos modais de transporte público, a valorização da vida, escolas com educação integral e efetiva, com fortalecimento na educação de base; escolas de ensino técnico profissionalizante, revitalização, modernização física e tecnológica das escolas públicas, o combate à corrupção, dentre outras questões.
Entendo que esses pontos devem ser discutidos e validados com nossa coligação para a tomada de minha decisão pessoal.
Rosso
De coordenador a possível candidato
De acordo com interlocutores próximos ao deputado federal, ele até considera antecipar sua decisão caso consiga referendar sua proposta com todos os integrantes da chapa. No entanto, o mais provável é que aguarde pelo anúncio de Jofran Frejat (PR), que deixou também para segunda (23) a confirmação se se será ou não candidato ao Buriti neste ano.
Rosso passou de articulador a provável pré-candidato ao GDF após a desistência de Frejat. O médico aposentado lidera o último levantamento de intenções de voto, realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, mas alegou estar sofrendo pressões e cobrou autonomia para coordenar a própria campanha. O comando regional do seu partido já declarou que ele terá todas as condições atendidas, porém o ex-secretário de Saúde ainda reflete sobre um possível retorno à disputa eleitoral.
Com favorecimento de Rosso pela terceira via, a dúvida de aliados era se Izalci permanecerá na coalizão, pois tem resistido à ideia e reafirma a disposição de se candidatar ao Palácio do Buriti, com ou sem o apoio dos integrantes da terceira via. “Serei candidato ao GDF, nem que eu saia sozinho ou com dois ou três partidos. Meu projeto é de ser governador“, declarou ao Metrópoles na noite dessa quinta.
E o vice?
Mesmo se Rogério Rosso aceitar comandar a aliança, uma indefinição permanece: quem será o pré-candidato a vice-governador. A vaga fica em aberto para um postulante do PSDB, embora Izalci não tenha demonstrado interesse em ocupá-la. Se não houver tucano interessado, o PRB deve ficar com o posto.
O nome cotado na reunião dessa quinta, a mesma que trocou Izalci por Rosso, foi o do pastor Egmar Tavares (PRB), irmão do presidente do partido no Distrito Federal, Wanderley Tavares. Nas últimas eleições, o evangélico conquistou mais de 13,6 mil votos na candidatura à Câmara Legislativa (CLDF). Ele não se reelegeu, mas à época e ainda hoje tem parte das intenções de voto dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus e da Assembleia de Deus.
Indecisão e impasses
Até aqui, a terceira via enfrentou maus bocados na pré-campanha ao GDF. Após ser lançado como postulante ao Buriti, em 18 de maio, o deputado federal Izalci Lucas virou alvo de processos nos quais correligionários foram à Justiça questionar sua posição como presidente do PSDB, pois o tucano foi alçado ao cargo pelo comando nacional da legenda.
O imbróglio judicial pôs dúvida sobre a estabilidade jurídica e política de Izalci. Após meses de discussão, porém, o grupo o reafirmou como o pré-candidato ao GDF em 28 de junho. Mas não foi suficiente e aliados passaram a procurar alternativas dentro do próprio grupo.

Em evento que lotou a sede do PSDB, em Brasília, em 18 de maio, o presidente regional, deputado federal Izalci Lucas, foi anunciado como o cabeça de chapa ANDRÉ VIOLATTI/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

Em 28 de junho, a terceira via reafirmou Izalci Lucas ao GDF e lançou a pré-candidatura do senador Cristovam Buarque (PPS) à reeleição IGO ESTRELA/METRÓPOLES

Após a desistência do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR) de concorrer ao GDF, o grupo passou a se reunir intensamente. Chegou a oferecer a vaga para a disputa pelo cargo majoritário a Frejat, mas o médico não aceitou Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Nos últimos dias, o nome de Rogério Rosso (à esquerda) já era aclamado pela maioria dos partidos da terceira via Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Quem é
Rogério Rosso tem 49 anos. Fã de rock e heavy metal, é deputado federal e presidente do PSD-DF. Entre abril e dezembro de 2010, Rosso foi governador-tampão do Distrito Federal, após a prisão do então governador, José Roberto Arruda (PR), e o vice, Paulo Octávio (PP), renunciar em meio ao escândalo da Operação Caixa de Pandora.
Carioca, mudou-se para Brasília ainda quando criança. Viveu na Asa Sul com a família, de classe média, e estudou em escolas públicas da capital. É formado em direito, com especialização em marketing e direito tributário. Antes de entrar para a política, foi executivo nas empresas Mercedes-Benz, Catterpilar e Fiat.
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