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Número de usuários de crack no DF levanta debate sobre prevenção

Polícias do DF trabalham em conjunto para evitar crimes, mas baixo potencial das infrações cria ciclo vicioso: autuados voltam às ruas hor...

Polícias do DF trabalham em conjunto para evitar crimes, mas baixo potencial das infrações cria ciclo vicioso: autuados voltam às ruas horas depois de serem levados às delegacias(foto: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press)

Número de usuários de crack no DF levanta debate sobre prevenção
Usuários estão espalhados pelas regiões administrativas e no centro de Brasília, situação que levanta discussões sobre a importância da prevenção. Problema gera custos elevados ao Estado, com gastos em hospitais e delegacias, por exemplo
Brasília convive com um problema social, de saúde e de segurança pública que atinge as regiões administrativas e é facilmente encontrado no centro da capital. De esfera individual e coletiva, o consumo de crack afeta cerca de 1,4 milhão de pessoas entre 12 e 65 anos no Brasil, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A droga é conhecida pelo potencial para viciar no primeiro uso, o que gera destruição física e psicológica no dependente e nos familiares. Quem está inserido em sociedades com esse problema também fica sujeito a crimes como assaltos e furtos de pessoas viciadas em busca de mais droga. O Estado, por sua vez, acumula gastos em hospitais e delegacias, por exemplo, por causa da dependência. As soluções parecem distantes, mas a prevenção e o diálogo entre órgãos pode ser um caminho, de acordo com especialistas ouvidos pelo Correio.
Além das dificuldades governamentais, quem vive de perto a destruição provocada pelo crack enfrenta a barreira do preconceito. “Ninguém quer defender a causa dos usuários de droga, eles são tratados como se não fossem seres humanos. Os parlamentares gostam de falar de temas como a educação, as pessoas gostam de ouvir coisas bonitas, e todos acabam deixando uma discussão importante de lado. Eu tive um parente próximo que se viciou em crack, e a família ficou sozinha na luta”, relata Pedro Paulo Silva, 59 anos. O produtor de eventos conhece bem o caos de um lar que abriga alguém com dependência de uma substância tão pesada. “De repente, tive notícia de que um ente querido, jovem e que sempre estudou nos melhores colégios particulares de Brasília estava na rua. Vi quem eu amava largado, fedendo, em um estado que eu nunca pude imaginar”, lamenta.