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Mano, desculpe-nos, mas dessa vez o senhor merece a demissão

Mano pilhou Palmeiras sem motivo e caiu na arapuca que ele mesmo armou WILIAN OLIVEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Mano, desculpe-nos, mas...



Mano pilhou Palmeiras sem motivo e caiu na arapuca que ele mesmo armou WILIAN OLIVEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mano, desculpe-nos, mas dessa vez o senhor merece a demissão
Deixado à deriva pela diretoria, técnico poupa sem motivo, dá justificativas equivocadas, cria tensão em jogo sem valor e vê o esperado: a vitória do Fla
Palmeiras um, Flamengo três, pela 36ª rodada do Brasileirão 2019, no domingo (1ª), primeira vitória do rubro-negro no Allianz Parque, em São Paulo.
Com um misto de covardia em gestão, emocionalismo amador, inconsequência e erro de avaliação, o técnico Mano Menezes e a diretoria palmeirense fizeram absolutamente tudo errado, durante a semana, para dar ares de muito valor a um jogo que, a rigor, não valia mais nada.
Uma partida contra um Flamengo campeoníssimo duas rodadas antes, que batera quase todos os recordes da competição e colocara 16 pontos de frente sobre a equipe paulista antes mesmo de a bola rolar no Allianz Parque. E, mais uma vez, o que começou errado quase sempre termina errado.
O presidente do Palmeiras, Maurício Galliote, pressionado por cartolas e conselheiros para demitir Mano, escapuliu da decisão que seria sua obrigação e deixou para o técnico resolver sua vida sozinho, na linha ‘ganha e fica ou perde e cai fora’.
Mano, por sua vez, tomou iniciativas impróprias, baseadas em argumentos equivocados, para inflar um jogo que deveria ter ares bem mais amistosos.
Poupou jogadores contra o Fluminense, no Maracanã, na rodada anterior, para encarar o Flamengo e perdeu a partida para o tricolor.
Disse depois da derrota para o Flu que o Flamengo ‘também poupou para enfrentar o Palmeiras’ – o que é verdade: o técnico Jorge Jesus deu folga para alguns jogadores mais desgastados ‘curarem a ressaca’ do desgaste e das comemorações pela conquista da Copa Libertadores.
Por fim, a desnecessária, exagerada e provinciana proibição de torcedores rubro negros na partida, a exemplo do que fazem com o campeonato paulista, uma decisão judicial avalizada pela CBF.
Uma proibição com timing estranho, divulgada na última hora, na sexta-feira (29), e comentada pela primeira vez pelo Palmeiras, em nota oficial, apenas no final da tarde de sábado (30).
Uma situação esquisita, que gerou em muitos, não com certa justificativa, a desconfiança de que a cartolagem palmeirense participou de alguma forma em pedidos a incentivos aos procuradores para que vetassem os rubro negros no Allianz Parque.
A turma não deu perdão na rede: acusou Galiotte e a diretoria palmeirense de ficarem com medo de ver o Flamengo fazer a farra e a festa em pleno Allianz, com a primeira vitória na nova arena palmeirense e muita gozação.
E cabe uma pergunta: e se por acaso um dia São Paulo for escolhida para abrigar a final da Libertadores em partida única com torcida para os dois times, independentemente de termos brasileiros ou não? Proibirá uma delas de vir? Ou jamais será sede por decisão da polícia e da Justiça sempre na contramão do que deveria ser, trancando os torcedores em casa e confessando a incapacidade de garantir a segurança do cidadão.
A ordem é prender a sociedade porque não se consegue prender os criminosos, estejam eles dentro de torcida ou não? Que beleza, que maravilha...
Ironia: a certa altura do segundo tempo, a própria torcida do Palmeiras jogou cadeiras no gramado. E quem as recolheu? O violento ex-rubro negro Felipe Melo.
E não deu outra: o Flamengo enfiou um pacote de 3 a 0 no Palmeiras na decisão do Brasileiro Sub-20, mais cedo, em Cariacica, na região metropolitana do Espírito Santo, seguiu a regra e enfiou mais três no Alianz Arena entre os profissionais.
Tirou o pé novamente podendo dar uma goleada, passeou em São Paulo, abriu impressionantes 19 pontos em relação ao Verdão, e fez barba, cabelo, bigode, sobrancelha e o resto do corpo e da alma lavada em cima do adversário.
Mano, que ‘demitiu’ o Flamengo em um abandono surpreendente e inconsequente três meses e dois dias após assumir o clube da Gávea, agora está na caçapa do canto para ir ao olho da rua por obra do próprio rubro-negro?
Gostou da arapuca armada para você por você mesmo com a intenção de, olhe só, salvar sozinho a própria pele, professor Mano Menezes? Não seria melhor cobrar de Galiotte que cumprisse sua obrigação e bancasse sua permanência ou saída independentemente dessa pilha sem motivo?
Agora você merece a piscadela do olho da rua, Mano, desculpe-nos mas merece...

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