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Colega diz que bolsonarista preso estava “preparado para guerra”. Ouça áudios

Colega diz que bolsonarista preso estava “preparado para guerra”. Ouça áudios Em áudios enviados para grupo de bolsonaristas, conhecido de G...


Colega diz que bolsonarista preso estava “preparado para guerra”. Ouça áudios
Em áudios enviados para grupo de bolsonaristas, conhecido de George Washington conta que empresário planejou ida a Brasília. "Ele é doidão"
Jéssica Eufrásio
Jéssica Ribeiro
Thalita Vasconcelos

Reprodução/WhatsApp

Uma pessoa conhecida de George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, preso na noite de sábado (24/12) após deixarem explosivos próximo ao Aeroporto de Brasília, afirma que o empresário havia viajado para a capital federal “preparado para a guerra”. Em áudios aos quais o Metrópoles teve acesso, um colega do suspeito relatou alguns dos planos do investigado.
Nas gravações enviadas para um grupo de WhatsApp, o colega do suspeito afirma que George Washington era bolsonarista e que o empresário frequentava o acampamento montado por apoiadores do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em frente ao Quartel-General do Exército no Distrito Federal.
O integrante do grupo confirma que o empresário mora em Xinguara (PA), onde tem um posto de combustíveis. “Ele foi [para Brasília] preparado pra guerra. […] Se alguém viesse invadir, ele ia meter a bala, que ele é o bichão. Ele é doidão”, afirma o colega de George Washington.

“Eu conheço ele, conheço o filho dele […]. Esse monte de arma aí, ele levou para defender [a] nós. […] É um homem, homem direito, gente boa”.

Ouça:

Imagem de Gustavo Washington circula em grupos de mensagensDivulgação
Empresário aparece ao lado de outros bolsonaristas em frente ao QG do Exercito em 
Imagens do empresário circulam em grupos bolsonaristas de WhatsApp Divulgação
Um conhecido afirma que ele estava "preparado para guerra"Divulgação
Imagem de Gustavo Washington circula em grupos de mensagensDivulgaçã
Quartel-general
Em conversas entre bolsonaristas pelo WhatsApp e na concentração em frente ao QG do Exército em Brasília, houve questionamentos sobre a efetiva presença de George Washington no local. Na concentração, um dos acampados cobrou que os demais fiquem de olho em possíveis infiltrados.

“Se entrou no movimento patriótico para causar o terror, tem que ter disposição para entrar na porrada. Se vocês encontrarem alguém que achem ser infiltrado, não fica denunciando o cara, não. Procura nas redes sociais, porque vocês vão saber quem é a pessoa. Mas a gente está de olho”, alertou o bolsonarista.
Imagens compartilhadas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no WhatsApp mostram que George Washington circulava pelo acampamento. No entanto, ele estava temporariamente em um apartamento alugado, no bairro do Sudoeste.
Neste domingo (25/12), em um palco improvisado, diversos bolsonaristas discursaram sobre esse tema e outros, no acampamento. À tarde, um apoiador do atual presidente motivou os demais a permanecerem no local. “Temos de resistir aqui o quanto der. Se não fosse para estarmos aqui, tenho certeza de que [Jair] Bolsonaro viria, falaria para irmos embora e que não tinha mais o que pudesse ser feito”.
Investigações
A polícia chegou a George Washington nesse sábado (24/12), véspera de Natal. O motorista de um caminhão que transportava querosene de aviação acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após encontrar um dispositivo desconhecido no veículo. O artefato se tratava de uma emulsão explosiva, espécie de bomba usada em garimpos.
Além da PMDF, as polícias Civil (PCDF), Federal (PF) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) se mobilizaram em uma operação para desativar a bomba. A força-tarefa ocorreu perto do Aeroporto de Brasília, no Lago Sul.
Horas após o ocorrido, a PCDF chegou ao suspeito de colocar o explosivo no caminhão. George Washington estava em casa, no Sudoeste, onde foi preso. No imóvel, a PCDF apreendeu um arsenal com itens de grosso calibre, como fuzil e duas espingardas.


Robson Cândido comentou que a corporação investiga outros envolvidos no planejamento de atentados. “As autoridades policiais, principalmente aqui de Brasília, vão tomar todas as providências e prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, com ameaças e, agora, com bombas. Isso é algo que nunca existiu em Brasília, e não permitiremos esse tipo de manifestação, que possa causar mal às pessoas ou ao patrimônio”, concluiu.

Fonte: Metropoles

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